sábado, 1 de dezembro de 2018

Resenha do livro : Lazer e Trabalho , um único ou múltiplos olhares

LAZER E TRABALHO, UM ÚNICO OU MÚLTIPLOS OLHARES?

O primeiro "Congresso Internacional sobre a economia Informal- 1982", onde era discutido sobre o "trabalho informal".
• Trabalhador e sua relação direta com o trabalho.
• Relações envolvendo o trabalho.
• Trabalho como atividade da sociedade.
Será abordado questões que se antepõem ao sentido do trabalho, de maneira filosófica e socioeconômica.
Abordagem filosófica
Nessa parte são apresentadas várias teses de diversos filósofos. A tese que mais achei interessante foi a dos filósofos Bertrand Russel e Johan Huizinga, que trata o lazer como base da cultura. Devemos admitir que o trabalho deixa de ser a antinomia do lazer quando se identifica com as práticas lúdicas.
" O trabalho deve ser definido mais no sentido de "posto" ou " colocação " do que propriamente de "tarefa”. O capital necessita de duas condições, aparentemente viáveis: trabalho livre e separação do trabalho da condição objetiva de sua realização.
Na opinião de Bagolini, todo o trabalho é atividade que, se bem que implique uma pena, a implica para superá-la mediante o sendo de conquista. Revendo as posições colocadas pelos autores, é evidente que a perspectiva de Giannotti é voltada para o passado, enquanto Bagolini assume visão prospectiva.
Portanto, o tal trabalho informal, teoricamente, representa convivência do passado com o presente, como ainda reflete o sobrevivente sentido de autonomia e de conquista do dia-a-dia   do trabalhador, constituindo a sua libertação.
Abordagem socioeconômica
Nessa abordagem socioeconômica, o trabalho informal que antes, em algumas circunstâncias, era considerado clandestino ou até mesmo criminoso, pode ser classificado significativamente de "alterno" ou " informal”, convivendo com a sociedade de ordenação formal.
Lazer e trabalho no contexto urbano: reflexões sobre os "clubes de menores operários"
A relação entre trabalho e lazer, no Brasil, ainda é pouco explorada. Deve-se promover interação entre o lazer e o trabalho em nosso país - seja por parte do poder público ou de outras instituições- a cidade de São Paulo oferece elementos interessantes para a análise da questão. Depois de analisado no contexto urbano da cidade paulista, foi proposto que: Deveriam proporcionar educação, saúde e recreio para as crianças e adolescentes pobres: estratégia para evitar a fome, doenças e trabalho infantil. Uma das propostas de destaque seria a criação de "parques infantis ", logradouros destinados à educação, recreação e assistência dos filhos de operários. O parque deveria ser grande, agradável e seguro, onde as crianças fossem livres, mas, com a orientação de uma educadora. Tal encaminhamento poderia evitar não somente os maus hábitos, os vícios e a criminalidade, mas também a fome, a proliferação de doenças e o trabalho infantil.

O poder público mantinha ênfase na ideia de criação de jogos de brincadeiras populares, museu, discoteca, biblioteca, teatro, tudo isso inteiramente gratuito para o povo foi considerado um absurdo, parecia que o país temia todo, ante aquela calamidade de " desperdício e de maluqueira ".
Essa proposta dada pelo poder público foi constatado no depoimento de Paulo Duarte, que só se buscava melhorar as condições de vida da população pobre, privilegiando a inclusão cultural e social das crianças de famílias operárias. O departamento de Cultura e Recreação não se preocupou apenas com o desenvolvimento de atividades recreativas e educativas para as crianças, pois a estrutura contava com setores encarregados de organizar as horas de lazer da população operária.
Clubes De Menores Operários: Possibilidade De Preencher As Horas De Lazer Dos Jovens E De Educa-Los Para Que Pudessem Se Tornar Trabalhadores Vigorosos, Disciplinados E Produtivos.
O Primeiro Clube de Menores operários foi instituído, em São Paulo, no ano de 1937. Por intermédio de atividades várias, utilizadas como formas de recreação, contando-se entre as principais os jogos, os esportes, o canto coral, bibliotecas, excursões, acampamento, organização de conselho de líderes, seu objetivo precípuo tem sido formar a personalidade do adolescente proletário de hoje, e firmar essa personalidade no proletário adulto de amanhã.
A organização das horas de lazer da moça operária: corolário do trabalho produtivo e preparação para o cumprimento do papel social a ela designado
A importância de se organizar os momentos de lazer, tornando este um corolário do trabalho produtivo, perpassa artigos jornalísticos de Nicanor Miranda que colocam em evidência a mega operária. Neste momento, visualizamos a preocupação do chefe da Divisão de Educação e Recreio em possibilitar as moças os mesmos benefícios que vinham sendo concedidos aos rapazes.
Atividades corporais no ambiente e tempo escolares: uma Alternativa de aproximação entre trabalho e lazer
Uma das principais dificuldades de o debate acadêmico fluir com maior facilidade e contribuir, em curto prazo, para o avanço significativo do crescimento científico situa-se na não menor dificuldade de formulários conceituais dos objetos de discussão, uma vez que estes se encontram em permanente construção.




Introduzindo a figura do fundador e traços de sua experiência educativa
Extraindo alguns lampejos da biografia de Dom Bosco, pode-se notar que a vida dura de trabalho no campo, com uma família de pequenos lavradores órfãos de pai e conduzidos pela figura materna, não gerou um homem rude, desapegado das coisas alegres e ligadas a religião. Movido por um sonho, desde cedo, vislumbrou um futuro Eclesiástico e a ele se dedicou.
O Protagonismo Juvenil Como Chave De Educação Pelas Atividades Corporais
Na minha experiência acompanhando o processo de construção de várias propostas pedagógicas em escolas de ensino fundamental e médio, é comum encontrar, presentes nas intenções e metas da escola, a formação do homem integral e a estruturação de ambientes (entendido como espaço e tempo) atrativos, isto é, ambientes em que os educandos se sintam bem e garantam sua permanência na escola. Portanto, tais escolas entendem que a proposta pedagógica deveria levar em consideração as preocupações com a qualidade do ensino, mas dentro de fazeres pedagógicos agradáveis ao corpo discente.
O lazer como produto do trabalho
A pessoa humana fica - por fora de relações de trabalho- privada de incontáveis momentos do seu tempo e/ou, as vezes mesmo como dona do seu tempo, lhe faltam condições de dele usufruir, apesar de seu reconhecimento constitucional. Este estudo analisa o direito ao lazer inserido na Constituição Federal de 1988 como produto do trabalho com objetivo econômico. O texto inicia descrevendo as mudanças que ocorreram no mundo do trabalho na sociedade ocidental, inclusive falando na Revolução Industrial inglesa, como forma de compreender o surgimento dos direitos sociais e de entender o direito ao lazer.
O trabalho nos primórdios da humanidade
Os gregos desprezavam o trabalho, preferindo dedicar-se aos exercícios corporais e aos jogos da inteligência; valorizavam muito mais a produção de ideias do que a produção de objetos matérias, considerados uma atividade de segunda ordem, de menor prestigio social.
O trabalho na sociedade pré-industrial
Na Idade Média, há o surgimento das sociedades mais complexas, as sociedades-Estado. Nesse período, aparecem invenções fundamentais para o avanço da humanidade: a difusão da bússola, do moinho d'agua, da pólvora, da vela moderna, da imprensa, que permitiu a substituição da mão-de-obra escrava pela dos servos da gleba. Houve uma significativa redução no número de escravos com o aumento dos colonos rendeiros ou assalariados, chamados de servos da gleba, que eram obrigados a se sustentar, que podiam ser substituídos de um dia para o outro sem danos relevantes para o senhor e que eram mais motivados para o trabalho.
O trabalho na sociedade industrial e o surgimento dos direitos sociais
Vários fatores dentro da Idade Moderna - como as grandes invenções medievais, o salto científico e artístico cumprido pelos gênios do Renascimento, o impulse técnico-social que imprimiram Bacon e Descartes, a abertura de horizontes devida a descoberta da América e as outras grandes viagens e o acúmulo de riqueza obtido graças as conquistas coloniais - contribuíram para que o Ocidente desse um salto baixo épico a uma sociedade marcadamente nova: a sociedade industrial.
O surgimento dos direitos sociais
Direito social e criação dos tempos modernos, pois é apenas no século XVIII que começa a florescer a construção de um pensamento ligado não mais ao indivíduo isolado, mas ao grupo social no qual ele se insere. A partir do processo de industrialização, em que se da alteração substancial no modo de vida das pessoas, com o surgimento das classes operárias, há um consequente processo de urbanização, como reflexo da concentração do trabalho e da unificação da produção na fábrica.
O trabalho na sociedade pós-industrial
Especialmente a partir da Segunda Guerra Mundial, as mudanças em geral se sucedem-muito rapidamente no mundo, havendo saltos substanciais, muito maiores do que os havidos nos cerca de 150 anos anteriores de industrialização.
O lazer: considerações iniciais
Desde as mais remotas civilizações, a ideia de tempo se faz presente, além de ter perpassado também concepções religiosas. Já na época clássica, Aristóteles observava que o skole (ócio) constituía uma ideal de vida espiritual, conforme Ortega (2000). Na Idade Média, as interpretações cristãs de Aristóteles atribuíram uma índole sagrada a contemplação, a sabedoria e a beleza a serem cultivadas pelos monges nos mosteiros.
O tempo livre
No período medieval, o tempo pertencia a Deus, não aos homens. Só a partir do século XII é que foi criado o relógio mecânico e as pessoas se guiavam pelas badaladas dos sinos das igrejas.
O tempo livre como lazer
"Descansar, recuperar as energias, distrair-se, entreter-se, recrear-se, enfim, o descanso e o divertimento são os valores comumente mais associados ao lazer", no entendimento de Marcellino , ou seja, são os sentidos relacionados ao tempo livre contraposto ao trabalho, a ocupação. Contudo, ha divergências não só quanto as atividades ou sentidos correspondentes a lazer - sendo associado popularmente, além de o tempo livre do trabalho, o estilo de vida, a atividades recreativas e culturais ,e eventos de massa, ou, ainda, segundo tendência refogada pelos meios de comunicação de massa, a atividades como teatro, cinema, exposições, esportes, ou a manifestações ao ar livre e de conteúdo recreativo - mas também quanto a utilização da própria palavra.


Cultura do lazer do trabalhador da indústria: inclusão ou exclusão?
O presente artigo pretende levantar alguns questionamentos sobre o lazer do trabalhador da indústria. Este e um assunto bastante atual, uma vez que o lazer do trabalhador sofre consequências com o agravamento do quadro econômico recessivo. A globalização e outro fenômeno que pode trazer consigo a precarização do emprego e o desemprego a grande parcela da classe trabalhadora. A situação se agrava com o desenvolvimento tecnológico e o desemprego estrutural, isto é, a destruição e a modificação das habilidades dos trabalhadores.
Lazer: direito social que se concretiza com educação
O lazer é um direito social conquistado a duras lutas, ao Iongo de muito tempo de exploração da mão-de-obra assalariada. Essa luta está ainda acontecendo ou já está terminada. Mas pode também estar hibernada. Em princípio, portanto, é válida a proposição de que esse direito, em alguns lugares do mundo, ainda precisa ser conquistado; em outros, nem conhecido e, portanto, deve ser conhecido para ser reivindicado.
Entendimento sobre lazer
Para uma maior compreensão sobre o lazer, tema polêmico e de várias interpretações, pretendemos, no momento, trazer alguns conceitos emitidos por estudiosos da área. Esta apresentação de conceitos levara a escolha de um, que servirá de base para este estudo.
Lazer e trabalho
O lazer é considerado como oposição ao trabalho, mas muitas pessoas dizem que, se o trabalho for executado com satisfação e prazer, ele é considerado lazer. Atualmente o lazer do trabalhador sofre consequências com o agravamento do quadro econômico recessivo. A globalização e o desenvolvimento tecnológico sao alguns fatores que fazem com que se diminua o emprego mais comum, tanto em importância como em valor de mão-de-obra.
Lazer e trabalho: relação de continuidade na aposentadoria?
A proposta deste estudo é entender como se processam as relações entre trabalho e lazer para o indivíduo que, ao mesmo tempo, envelhece e se aposenta. É importante salientar que este é um processo de dupla exclusão, realizada tanto no campo das relações sociais bem como na subjetividade deste: o trabalho, entendido como elemento constituinte em nossa sociedade de produção e consumo; e a subjetividade, entendida de forma processual e situando como elemento de análise desta relação mesma.
O envelhecer e o aposentar-se: representações frente ao trabalho e ao lazer
Usualmente os termos velho, velhice, idoso e terceira-idade são tornados por sinônimos. Existem, entretanto, diferenças significativas, pois o uso de todos esses termos reveste-se de um caráter histórico, relacionando-se a aposentadoria como processo de construção social e a forma como são incorporadas as representações coletivas de envelhecimento.
Lazer e trabalho na música e na literatura
Compreender a relação indissociável entre lazer e trabalho exigiu, e ainda demandara, muito esforço disciplinar entre aqueles que se consideram pesquisadores do lazer, e multidisciplinar entre os interessados nessa relação como forma de compreender aspectos ligados ao seu próprio campo de conhecimento. Nesse esforço, metodologias, as mais diversas, vem sendo utilizadas para conhecer
Se o trabalho é doença, o lazer é remédio?
Quem nunca afirmou ou nunca ouviu alguém afirmar que os tempos mudaram? E mudaram mesmo, literalmente. O mundo hoje tem como espinha dorsal um capitalismo globalizado que vem sendo construído praticamente nos últimos duzentos anos. Neste processo, muitas esferas da vida foram sendo transformadas: a religião, a família, o trabalho, o lazer, o Estado, a escola, a justiça, etc. Neste texto, proponho refletir sobre o trabalho e o lazer nos dias de hoje e as suas metamorfoses, principalmente no meio urbano, por conta do desenvolvimento do capitalismo mais apartados após o século XIX.
Reflexões sobre a redução do tempo de trabalho e a ampliação do tempo livre
A luta pela redução do tempo de trabalho já foi apontada por Karl Marx e por seu genro, Paul Lafargue, no século XIX, não como uma possível solução ao desemprego um problema que não atingia, naquela época, dimensões tão graves como hoje, mas como uma necessidade para a ampliação do tempo livre dos trabalhadores. Para Marx, o desenvolvimento tecnológico deveria atingir um nível bastante avançado a ponto de liberar o homem do trabalho forçado e desgastante.
Crítica geral
Falando no contexto geral sobre o livro, foi relevante pelo fato de, além de abordar coisas desde séculos passados até a atualidade, ele ainda expõe muito sobre como era tratado o trabalho e o lazer, nas devidas épocas e circunstâncias. Foi expressivo o conhecimento adquirido dessas divergências que eram e ainda são vivenciadas. Entretanto não gostei de alguns tópicos, que são longos e cansativos e sem objetividade.

9 comentários:

  1. Texto bem elaborado, traz muita informação histórica, um bom conteúdo a ser estudado e analisado.

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  2. Muito interessante seu livro e excelente apresentação, o livro trata de um tema que é de extrema importância para todos, pois trata dos temas trabalho e lazer e que influenciam diretamente nas nossa qualidade de vida.

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  3. A obra é bem envolvente, pois trás uma referência histórica, embora ela não seja objetiva. O lazer é um tema para ser discutido, já que muitas pessoas o confundem-se com certas rotinas.

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  4. O livro reforça preceitos aprendidos em sala. Muito bom

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  5. texto muito bem preparado , a obra trata de algo de extrema importância para todos nós!

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  6. Tive que ler este livro para a realização de um trabalho uma vez. Realmente me fez pensar bem mais na questão trabalho x lazer

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