segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Resenha do livro: Educação Física cultural - Inspiração e prática pedagógica.

Aluna: Graziela Fernandes de Oliveira



Educação física cultural: inspiração e pratica pedagógica.
Em uma pesquisa realizada em 2005 sobre o currículo cultural da Educação Física, o autor Marcos Garcia reúne reflexões e pesquisas de diferentes autores em diversos contextos:ensino e expressões dos estudantes em relação às próprias experiências com o currículo cultural, relatos de experiências que tematizada brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas em realidades distintas.
Fala-se muito também sobre a importância do multiculturalismo no currículo da Educação Física, que preza pela inclusão de manifestações dos grupos posicionados em desvantagem e pelas reflexões de como lidar com essa diferença.
Ao logo dos anos, criou-se uma cultura de ensino com padrões que ao decorrer dos anos devessem ser quebrados. Com isso, o autor propõe que os conhecimentos relacionados a cultura corporal sejam inseridos como debate nas agendas escolares, para que a cultura dominante seja analisadas em outros ângulos e que os padrões impostos culturalmente sejam quebrados e haja inclusão.
Tendo em vista as experiências dos professores na pesquisa, foi notado que o cotidiano dos alunos deve ser levados em conta para que os temas em debates sejam feitos e inclusos as práticas corporais. Que questionar os alunos o que querem estudar, fazer eleições ou trazer para a aula vivências em outros ambientes privados, está fora de questão. O conteúdo deve ser trago para que os estudantes se expressem de toda forma possível.
Organizando as atividades e vivências de ensino, após propor temas polêmicos como: ginástica masculina, dança masculina e mista, lutas femininas, o porque de alguns esportes ter a cor negra predominante e em outros os brancos serem maioria, brincadeiras destinadas à um sexo específico. Foram trabalhados tema por tema, com cuidado mas com muita provocação para que gerassem debates.
Por fim, o autor se posiciona e defende o currículo cultural. Mesmo sabendo que independente do que se defende, nada mudará. Porém, que felizmente não está nessa luta sozinho, e que a esperança maior para a desigualdade acabar está na educação.
A possibilidade de mudança nas estruturas sociais e culturais é apontada por diversos intelectuais como um caminho que deve ser percorrido na educação. Mudanças nos paradigmas e estereótipos devem ser buscados pelos professores e questionados pelos alunos, buscando assim, uma educação libertadora que produz conhecimentos práticos e reais que modifiquem a realidade da sociedade.

Referências:
NEIRA, Marcos Garcia. Educação física cultural: inspiração e prática pedagógica. 1. ed. - Jundiaí [SP]: Paco, 2018. Disponível em <http://www.gpef.fe.usp.br/teses/marcos_41.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2018.

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