A
Sociologia do Corpo
Capitulo
I- Corpo e Sociologia
Primeiramente Le Breton
define a sociologia do corpo como um capitulo da sociologia, que é destinado
para a compreensão da corporeidade humana enquanto fenômeno social e corporal.
Três maneiras são descritas
para encarar o tema: uma sociologia implícita do corpo, uma sociologia em
pontilhado e uma sociologia do corpo.
·
Sociologia implícita: nela a corporeidade
humana é vista através de ângulos de analise mutuamente contraditórios.
Incidências sociais sobre o corpo, o homem é produto do corpo.
·
Sociologia em pontilhado: contribuições
sociológicas, na qual o homem não é produto do corpo, ele mesmo em interação a
ao meio e a sociedade em que está inserido se torna o que é.
Capitulo
II- Sobre algumas ambiguidades
Ocorre a indagação sobre as
ambiguidades dos discursos sociológicos sobre o corpo; perguntando-se: de que
corpo se está falando? Le Breton diz que o corpo não é um fetiche, omitindo o
homem, sendo imprescindível referir-se ao autor que o porta. O argumento
central reforça a imersão da corporeidade no imaginário, nas representações e
condutas que variam segundo as diferentes sociedades.
Capitulo
III- Dados Epistemológicos
Para definir o corpo de que
se fala, dos pontos de vista sociológico e antropológico, distancia da ideia de
ser ele atributo da pessoa, um pertencimento da identidade em recusa a
ideologia individualista. O autor abraça a ideia da realidade construída do
corpo, com múltiplas significações culturalmente operantes e associadas aos autores, vistos
como corporeidade.
Capitulo
IV- Campos de pesquisas: logicas sociais e culturais do corpo
Ao detalhar as investigações
das logicas sociais e culturais do corpo, o autor parte de Mauss, sobre as
técnicas corporais e as expressões dos sentimentos, emoções e da dor. Le Breton
acrescenta contemporâneos que estudaram assuntos como: mecanismo, os
especialistas das técnicas corporais circenses, desportivas, artesanais,
gestualidade, as etiquetas corporais e infrações as regras, as percepções
sensoriais, as inscrições corporais e as traduções físicas da enfermidade.
Capitulo
V- Campos de pesquisas 2: Imaginários
sociais do corpo
O corpo como universo da
representação dos valores e do imaginário social, diferenciado este capitulo
dos demais, distinguindo esta abordagem dos enfoques biológicos e
sóciobiológicos, percorrendo-se estudos antropológicos e contemporâneos sobre sexualidade, o uso do corpo, o corpo
como suporte de valores e o corpo incapacitado. Le Breton enfoca os estudos
sobre o corpo como reflexo do social-coletivo; suporte das relações de poder e
de controle social; das apresentações das aparências corporais; da
modernidades; do estigma; do gosto pelo risco e pela aventura; o envelhecimento
do corpo e o imaginário do descartável ou das mudanças imprimidas ao corpo
pelas tecnologias da mídia.
Capitulo
VI- Campos de pesquisas 3: O corpo no espelho do social
O corpo também é preso no
espelho do social, objeto concreto do investimento coletivo, suporte de ações e
de significados, motivo de reunião e de distinção pelas práticas e discursos
que suscita.
Capitulo
VII- Estatuto da sociologia do corpo
Le Breton reafirma a
pertinência da corporeidade, a amplitude das pesquisas sociológicas e
antropológicas no assunto, onde o pesquisador, como um verdadeiro artesão
prudente e competente, é desafiado a cruzar saberes, diante de sua
complexidade.
A sociologia aplicada ao
corpo, segundo o autor, deve produzir muitas investigações significativas, cuja
agenda inclui, dentre os vários itens: o inventario e a comparação das
diferentes modalidades corporais, significações, representações e valores nos
distintos grupos sociais; as mudanças de atitudes frente ao corpo em certas
enfermidades, assim como as intervenções das novas tecnologias médicas sobre o
corpo. A sociologia do corpo refere-se ao “enraizamento físico do autor no
universo social e cultura”. Não naturalizando o corpo.
Ótima resenha!Um livro muito bom,contribui bastante para a sociedade.
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