JOGOS
E BRINCADEIRAS LÚDICAS
Jogos e brincadeiras são uma prática desportiva e
lazer desenvolvido por qualquer tipo de pessoa, tanto por crianças como adultos
e são passados de geração para geração. Tais práticas estão diretamente ligadas
com a cultura, cada lugar tem uma interpretação e uma adaptação às
características regionais. Além disso, estes jogos e brincadeiras são
praticados em qualquer lugar, como escolas, ruas, praças, calçadas, parques,
zonas rurais. No entanto, hoje em dia, a maior massa de crianças não desfruta
desse lúdico, por vários motivos, um deles é a insegurança causada pela
violência nas cidades. Dentre as soluções para resgatar essa recreação, seria
praticá-las nas aulas de Educação Física, pois além de ser
uma grande forma de educar, essa didática possui uma tradição
técnico-pedagógica em estratégias de ensino nos campos da ginástica, recreação,
esporte e atividades rítmicas e expressivas.
Brincar é uma necessidade
de qualquer criança, pois é sinônimo de aprender. Educar ludicamente não é
jogar lições empacotadas, consiste em um ato consciente e planejado. Solange
Rosa Barbosa de Almeida diz “Na atuação do educador, os jogos e brincadeiras
com fins educativos devem ser utilizados como recurso didático-metodológico,
pois no planejamento das atividades, deve-se considerar os objetivos a serem
atingidos. O professor deve atuar como mediador no processo ensino
aprendizagem, sempre com um olhar atento aos jogos e brincadeiras, de forma que
atendam às necessidades individuais e coletivas, de acordo com a faixa etária
da criança.” O
lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso. Erielton Pereira da
Silva menciona em seu artigo ”Souza (2001) diz que ao brincar na Educação
Física e na recreação, a criança aprende de forma natural, e muito prazerosa,
desenvolvendo habilidades como integração com o grupo, locomoção, raciocínio,
espírito esportivo, resistência física e psicológica, criação de estratégias,
motivação, criatividade, comunicação, espírito de liderança, noções de tempo e
espaço, compreensão dos limites dos outros, interpretação de situações,
curiosidade, motricidade, coragem, desinibição, convivência, saber perder,
respeito ao próximo, aceitação de limites e o reconhecimento de que eles são
necessários, saber esperar, autonomia, atenção, cooperação”.
Uma metodologia de base
lúdica e que favoreça a criatividade do aluno é a mais indicada. A partir daí
muitas outras estratégias podem ser mobilizadas, em virtude das características
do conteúdo e dos objetivos específicos a atingir. Contudo, a escolha de
estratégias, bem como de conteúdos específicos, deve obedecer aos princípios
metodológicos gerais. Dentre os princípios metodológicos, podemos citar o
princípio da inclusão, princípio da diversidade, princípio da complexidade,
princípio da adequação, e assim por diante.
Crianças com necessidades
especiais são consideradas, frequentemente, incapazes de participar e
contribuir nas atividades em grupos, logo, muitas vezes são isoladas, sobretudo
na escola. Porém, a interação social desse conjunto especial é muito importante
para superar suas limitações. No artigo desenvolvido por Carolina Molina Lucenti de Souza e
Cecilia Guarnieri Batista é mencionado brincadeiras feitas com crianças com
necessidades especiais que despertou nelas interação, diálogo, ajuda para com o
colega, compartilhamento de conhecimentos e brinquedos, comportamentos de
cuidado e proteção, elaboração de ideias, raciocínio, habilidades e dentre
outras manifestações.
Uma
das novas vertentes para os jogos lúdicos são os exergames. É inegável que a tecnologia se difunde cada vez mais e
todas as classes estão ligadas a ela. De acordo com uma pesquisa realizada pelo
Mestre em Educação Física do Instituto Superior de Educação do Ateneu,
Guilherme Carvalho Franco Da Silveira, ele afirma que os alunos ainda
compreendem a atuação da Educação Física apenas na movimentação corporal, sem
mais abrangentes; todavia, eles demonstraram interesse em aulas com
equipamentos eletrônicos e sugerem práticas com os mesmos, tanto para
fundamentação teórica, quanto para a prática, podendo assim “igualar” o
potencial dos estudantes e desenvolver novas habilidades para serem
apresentadas. Além disso, o trabalho executado em vídeo games deixa os alunos mais atentos a fazê-los interagir mais
com a aula apresentada.
Os
professores de educação física das escolas onde a pesquisa foi realizada
deixaram claro que também apoiam os exergames,
uma vez que é um instrumento de desenvolvimento cognitivo e uma atividade
de lazer lúdica, não obstante sob condição a ser usada de forma equilibrada.
Referências
Souza, Carolina Molina
Lucenti de e Batista, Cecilia Guarnieri. Interação entre Crianças com
Necessidades Especiais em Contexto Lúdico: Possibilidades de Desenvolvimento.
2008, Campinas, SP. http://www.scielo.br/pdf/prc/v21n3/v21n3a06
Silveira,Guilherme Carvalho Franco Da e Torres, Livia Maria Zahra Barud.
Educação física escolar: um olhar sobre os jogos Eletrônico. http://www.cbce.org.br/docs/cd/resumos/157.pdf
Silva, Erielton Pereira Da. Utilização dos jogos nas aulas de educação física educação física. http://repositorio.faema.edu.br:8000/jspui/handle/123456789/1056
Almeida, Solange Rosa
Barbosa de. Os jogos e a brincadeira no desenvolvimento da aprendizagem. http://www.unifan.edu.br/files/pesquisa/OS_JOGOS_E_A_BRINCADEIRA_NO_DESENVOLVIMENTO_DA_APRENDIZAGEM_%20SOLANGE%20BARBOSA.pdf
Dallabona, Sandra Regina
e Mendes, Sueli Maria Schmitt.O lúdico na educação infantil: jogar, brincar,
uma forma de educar.
https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38603683/o_ludico_e_a_educacao.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1536188672&Signature=NHrc19enp5svlmIEz8YZMWkDYoE%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DO_LUDICO_NA_EDUCACAO_INFANTIL_Jogar_brin.pdf
Betti, Mauro e Zuliani, Luiz Roberto. Educação física
escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/viewFile/1363/1065
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