sexta-feira, 30 de novembro de 2018

resenha do livro: práticas corporais- vol.4







Docente: Prof. Marcio Norberto Farias
Discentes: Jaqueline Alves de Assis
Disciplina: Estudos Socioculturais da Educação Física, Esporte e Lazer

                 
                  
                  
 


Práticas Corporais - Volume 4








LAVRAS- MG/2018
Organizadoras:
Ana Márcia Silva
Iara Regina Damiani


O corpo respir-ação na busca do equilíbrio da vida

Trata-se de entender e associar corpo e movimento considerando parâmetros como ciência, estudos e tradições. Buscando aproximação entre esses parâmetros e não apenas entende-los de forma individualista.
 Que o movimento é algo essencial à vida, uma relação entre mente-corpo-emoção, com o espaço exterior e principalmente interior. Do movimento mais grosseiro ao mais sútil, do mais perceptível como, questões físicas e estéticas, ao menos perceptível como, o funcionamento do seu organismo e suas emoções, sua respiração.
Caracterizar que o que se mostra visível no físico são consequências dos processos mentais, psicológicos, emocionais e espirituais vividos pelo indivíduo. E as transformações em suas percepções sobre ele mesmo, suas aceitações e a desconstrução de movimentos automatizados são de grande importância para a sua vida.
Com movimentos automatizados nota-se uma crítica a modelos de atividades que envolvam reprodução acelerada, movimentos repetitivos e com o intuito somente de melhorar o aspecto físico, como se encontra nas academias. Fazendo referência também a como a sociedade tem vivido uma fase de compulsão pela velocidade, colocando o corpo em função de tempos curtos e movimentos acelerados, influenciando no equilíbrio corporal, a “doença do tempo”. Citando até mesmo influências causadoras de diminuição de saúde como, má respiração, estresse, alimentação, qualidade do sono e do ambiente onde se vive.
É colocada então a importância de respirar em meio a todo esse caos, e as práticas orientais ganharam esse destaque devido suas “maiores bases para o estudo da respiração que constitui sinônimo de vida”. Destaca-se nessa parte a importância da respiração como fonte de relaxamento muscular e psicológico, e fundamental para o funcionamento dos órgãos e renovação celular. A respiração leva a atenção que é o ponto inicial para o autoconhecimento das próprias perspectivas, um elo com o interior e o exterior, equilíbrio,  uma transformação de emoções e corporeidade, uma relação  entre mente-corpo-emoção.




Artes marciais, o processo de ocidentalização do esporte e o desvio da dimensão do prazer

Refere-se a como as artes marciais foram “modificando” a partir do momento em que foram inseridas no esporte de alto rendimento, de modo a perder seu caráter e ensinamentos principais para fazer-se comerciável e competitiva.
Levando como ponto de partida os reais princípios das artes marciais e de quem a pratica como, honra, caráter, humanidade, valores, ensinamentos, respeito, superação, sabedoria, nobreza, equilíbrio mental e corporal. A ocidentalização dessas práticas fez com que houvesse a perda desses valores ou a falsificação desses valores, levando em consideração no esporte não a prática dos princípios citados e sim a de uma competição onde o que tiver mais técnica, porte físico, e vitorias sobre o outro é vangloriado.
Mas nem toda arte marcial se deixou seduzir e perder seus reais valores, como é o caso do Aikido, prática de origem japonesa que possibilita elevar as estruturas mais sensíveis e sensatas da natureza humana. Uma arte marcial complexa que melhor entendida na prática.
As artes marciais permitem ao individuo conhecer a si mesmo, de suas forças até suas fraquezas e limitações, transcender suas emoções.


Hip hop na perspectiva dos movimentos sociais

O hip hop se origina a partir da necessidade de protestar contra a desigualdade, preconceito e exclusão, com danças representativas e letras musicais que deixavam clara a insatisfação e a realidade daqueles menos favorecidos pelo sistema, procurando por meio disso uma revolução para a sociedade. Mas nem todos tem esse mesmo intuito e se aproveitam da fama do hip hop apenas para se promoverem midiaticamente sem se preocupar com a verdadeira origem e principio do hip hop.




Imagens e percepção da dança: da estética formal à expressão estética

O Balé é até hoje considerado o modelo para a arte da dança, por mais que na atualidade se venha abrindo caminhos para que a expressão corporal não se restrinja a apenas movimentos calculados do balé, ele ainda é a técnica e modelo padrão da dança.
A partir do momento que se considera os altos níveis do balé como o padrão da arte da dança coloca-se uma restrição de expressividade em outras práticas corporais de dança, podendo taxa-las até mesmo como feias. Mas é preciso lembrar que todas as formas de dança são intrinsecamente uma concepção de ser humano e mundo.
O puro valor estético impossibilita a criação, o nascimento de novas manifestações artísticas, mas a valorização somente do social atual também pode levar a perda de tradição. O mais viável nessa situação seria uma junção de ambos, pois a importância se da pela maneira que é empregada.
Mas algo que ainda ocorre na realidade é o fato de a arte não ser disseminada de forma igualitária para todos os níveis da sociedade, isso leva a um distanciamento de culturas onde a que vai prevalecer é aquela de maior aquisição.




Gingando com o conceito de práxis no projeto capoeira e os passos da vida

Colocaram a capoeira em uma perspectiva de práxis, correspondendo a uma atividade prática em oposição à teoria, questionando a facilidade de moldação dessa prática tão cultural, tornando-a mais um produto exótico de consumo.


Através de conceitos estudados chega-se à teoria que passa a se articular visceralmente com a prática. Estando efetivamente “aterrada” e vinculada às necessidades práticas dos seres humanos,  àquelas que correspondem a interesses sociais coletivos.

Reafirmam que a copeira deve ser mais jogo do que luta. E ao problematizar a competição, o recorde, a racionalização, a hierarquização e a cientifização do treinamento, incorpore o acontecimento, a surpresa, o lúdico, a intensidade, o
acaso, a instabilidade, enfim, as infinitas possibilidades do jogo.


Tempo livre no modo de produção
capitalista: possibilidade ou retórica

'Tempo livre' no modo de produção capitalista, nas condições de trabalho assalariado, torna-se uma categoria de análise teoricamente afastada do real, vale dizer, desprovida do contexto sócio-histórico de libertação dos homens.

O tempo livre isoladamente  de acordo com estudos não existe, não possui sentido autônomo, pois só é explicado em relação ao trabalho.

Os trabalhadores apontam dificuldade no exercício do lazer como, falta de tempo associada ao dinheiro, inadequação de espaço, desanimo, falta de incentivo. Sem contar que o tempo repartido em horas implica, necessariamente, uma divisão administrativa na vida dos trabalhadores.


6 comentários:

  1. O conteúdo parece complexo e você conseguiu fazer uma boa resenha de forma fácil de entender, dentre muitos trabalhos esse me interessou, vou buscar ler e ver se consigo absorver tais informações.

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  2. O título do texto é muito interessante e reflexivo. Na sua opinião você acha que a dança, musica,artes maciais, ou qualquer outra coisa que leve ao movimento, trás um equilíbrio para a vida, praticar algo faz bem para a mente, saúde e agrega algo para conviver na sociedade?

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    1. sim, estar em movimento, seja dançando, lutando, fazendo yoga ou qualquer outra prática trás um bem estar para o corpo e para a mente, além de agregar na saúde e na vida social da pessoa

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  3. Essencial quando foi falado no livro que a dança é mais que importante para o corpo , ela é importante pra mente e saúde em geral . Bela resenha.

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  4. O livro conta c diferentes olhares sobre o tempo livre. Muito bem resumido

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  5. Excelente resenha, exibindo domínio sobre o tema proposto!

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