Resenha do livro - "Lazer e Trabalho: um único ou múltiplos olhares"

Lazer ou trabalho:

Um único ou múltiplos olhares?

Apresentado pelo aluno: César Abrahão José Dos Santos Vilela Tavares

Prof. Dr. Márcio Norberto Farias

Universidade Federal de Lavras

Conteúdo

1 - Artigos abordados no livro: 3

·      1.2 Vertente Filosófica: 4

·      1.3 Vertente socioeconômica: 4

2 - Lazer ou trabalho: um único ou múltiplos olhares?. 4

3 - Lazer e trabalho no contexto urbano: “reflexões sobre os "clubes de menores operários"  5

4 - Atividades corporais no ambiente e tempo escolares. 6

5 - O lazer como produto do trabalho. 7

6 - Cultura do lazer do trabalho da indústria: Inclusão ou exclusão?. 8

7 - A visão dos associados referente às atividades de lazer Oportunizadas pela associação atlética Philip Morris. 9

8 - Lazer e trabalho: relação de continuidade na aposentadoria?. 10

9 - Lazer e trabalho na música e na literatura. 11

10 - Se o trabalho é doença o lazer é remédio?. 12

11 - Críticas Pessoais. 13

Resenha do livro:

 Lazer ou trabalho: um único ou múltiplos olhares?

      1 - Artigos abordados no livro:

Ø  Lazer ou trabalho: um único ou múltiplos olhares?

·         Abordagem filosófica;

·         Abordagem socioeconômica.

Ø  Lazer e trabalho no contexto urbano.

Ø  Atividades corporais no ambiente e tempo escolares.

Ø  O lazer como produto do trabalho.

Ø  Cultura do lazer do trabalho da indústria: inclusão ou exclusão?

Ø  A visão dos associados referente às atividades de lazer oportunizadas pela associação atlética Philip Morris.

Ø  Lazer e trabalho: relação de continuidade na aposentadoria?

Ø  Lazer e trabalho na música e na literatura.

Ø  Se o trabalho é doença o lazer é remédio?

2 - Lazer ou trabalho: um único ou múltiplos olhares?

Lamartine P. DaCosta

      Há duas décadas, realizava-se, em Roma, o “Primeiro Congresso Internacional sobre a Economia Informal -1982”. A discussão a esse acontecimento passado se direciona ao debate atual sobre a transformação do trabalho que estaria se confundindo com o lazer.

      A concepção do trabalho informal ligado à liberdade, autonomia, criatividade e ludicidade emergiram na década de 1980, pela pressão de pesquisadores sociais no lidar com a então chamada "economia informal".

      Com esse propósito de entender o conceito de trabalho e sua transformação, fizeram-se uma analise por meio de duas vertentes de aproximação ao tema: filosófica e socioeconômica.

·         1.2 Vertente Filosófica: No decorrer da historia da filosofia, a questão do trabalho sempre se mostra presente, tal como em Descartes, que via, nessa ação, a formula para tornar-nos senhores e possuidores da natureza. Hegel, coerentemente, admitia o trabalho como forma de redenção. Ademais um aprofundamento mais analítico dessas concepções, não necessariamente contraditório, é encontrado na teoria marxista, que coloca o trabalho numa das posições centrais das relações sociais, enaltecendo "o principio do trabalho como essência genérica do homem". A partir daí, derivaram, sucessivamente, as conhecidas teses de divisão do trabalho, da alienação, da mais-valia, da luta de classes, etc.

·        1.3 Vertente socioeconômica: O trabalho realizado em condições nao-convencionais, fora do controle governamental e das relações legais, sindicais e institucionais, de um modo geral, e uma das peculiaridades da sociedade moderna, embora a pratica seja bastante antiga.

      Concluímos com o primeiro artigo do livro que o trabalho informal é o direito ao trabalho x direito ao não-trabalho; interesse institucional x interesse pessoal em relação à economia informal.

3 - Lazer e trabalho no contexto urbano: “reflexões sobre os "clubes de menores operários".

Christianne Luce Gomes'

      A discussão sobre os processos de construção histórica da relação entre o lazer e o trabalho, no Brasil, e ainda pouco explorada em nosso meio e esse artigo ira retratar os programas de recreação desenvolvidos nos Parques Infantis e Parques de Jogos procuravam despertar as novas gerações para a importância de empregar suas horas de lazer em atividades saudáveis e recomendáveis a sua formação pois esse artigo demonstra a preocupação com relação do trabalho infantil e seu abuso gerando um déficit para a formação adequada das crianças, e ploriferação da busca desse tipo de mão de obra (infantil) mesmo que em pesquisas feitas muitos tenham dito ser contra a essa forma de abuso.

      Ademais de buscar demonstrar a todos a importância da organização das horas de lazer de não somente crianças, mas como todo o operariado.

      Concluímos que o sentido deste artigo é de nortear o adequado preenchimento das horas de lazer do operariado.

4 - Atividades corporais no ambiente e tempo escolares.

Carlos Nazareno Ferreira Borges

      Uma das principais dificuldades de o debate acadêmico fluir com maior facilidade e contribuir, em curto prazo, para o avanço significativo do crescimento cientifico situa-se na dificuldade de formulações conceituais dos objetos de discussão, uma vez que estes se encontram em permanente construção. O pano de fundo para esse artigo foi as argumentações de Carlos Nazareno Ferreira Borges que será a relação: lazer e trabalho no ambiente escolar. Aqui tenho certeza de promover uma discussão dentro de um ambiente de intensa polêmica, em função dos desacordos existentes no campo. Uns questionam a consideração da escola enquanto tempo de trabalho, enquanto outros, em sentido oposto, questionam a escola como ambiente de lazer. Sabendo ainda que, embora esteja discutindo a relação entre lazer e trabalho, estará embutido na discussão outra relação com bastante produção no campo: lazer e educação.

5 - O lazer como produto do trabalho.

Beatris Francisca Chemin

       A palavra trabalho tem muitos significados na linguagem popular entre eles, dor, fadiga, tortura, ou a aplicação das forças do homem para alcançar um determinado fim, ou "atividade realizada pelo homem civilizado que transforma a natureza pela inteligência".

      Neste artigo Beatris Francisca Chenin cita que Desde as mais remotas civilizações, a ideia de tempo se faz presente, alem de ter passado também concepções religiosas. Já na época clássica, Aristóteles observava que o skole (ocio) constituía um ideal de vida espiritual, conforme Ortega (2000). Na Idade Média, as interpretações cristãs de Aristóteles atribuíram uma índole sagrada a contemplação, a sabedoria e a beleza a serem cultivadas pelos monges nos mosteiros.

      E possível constatar que o processo de transformação pela qual passou o trabalho, desde os primórdios da humanidade até nossos dias, auxiliou na compreensão do surgimento e significado dos direitos sociais, os quais, embora não abandonassem as conquista se valores impostos pelo liberalismo burguês, trouxeram avanços consideráveis, inclusive com sua positivação constitucional.

6 - Cultura do lazer do trabalho da indústria: Inclusão ou exclusão?

Ademir Midler

      Este artigo pretende levantar alguns questionamentos sobre o lazer do trabalhador da indústria. Este e um assunto bastante atual, uma vez que o lazer do trabalhador sofre consequências com o agravamento do quadro econômico decrescente.

      O emprego não acabou ele permanece, mas está mudando de posição em decorrência da tecnologia avançada. Isso faz decrescer o emprego mais comum, tanto em importância como em valor da mão de obra. O lazer e um direito social conquistado a duras lutas, ao Iongo de muito tempo de exploração da mão de obra assalariada. Essa luta esta ainda acontecendo ou já esta terminada.

       Logo levantamos com esse artigo a questão “O lazer é direito do trabalhador brasileiro?”.

       Mas não e só o poder público que oferece condições para o lazer do trabalhador acontecer. Existem outros atores participantes nessa cultura do lazer, como o grau de envolvimento do trabalhador com seu bairro, os fatores econômicos, sua vizinhança, sua comunidade religiosa, sua associação de bairro, os clubes esportivos informais, sua fabrica, sua atlética, seu clube social, seu sindicato, a indústria cultural, seus amigos e parentes e, principalmente, sua família, dentre outros. E de se esperar que todos esses aspectos influenciem, inclusive, em sua escolha pessoal.

      Deste modo como conclusão levantemos a questão será que o lazer como direito do trabalhador será ?

7 - A visão dos associados referente às atividades de lazer Oportunizadas pela associação atlética Philip Morris.

Jodo Aloisio Goerck

Adernir Miiller

      Por palavras dos criadores do artigo Jodo Aloísio Goerck e Adenir miiller: “O lazer é um fator importante no nosso desenvolvimento sociocultural. Podemos dizer que todos nos temos uma ideia do que seja lazer”.

      Para uma maior compreensão sobre o lazer, tema polêmico e de varias interpretações, pretendemos, no momento, trazer alguns conceitos emitidos por estudiosos da área. Esta apresentação de conceitos levara a escolha de um, que servira de base para este estudo. O lazer vem sendo considerado, na atualidade, um fator muitas vezes indisponível, mas imprescindível na vida dos seres humanos. Tal fonte esta marcada pela procura de um estado de satisfação, porem a busca pelo mesmo e algo que acontece ha muito tempo.

      Palavras de Jodo Aloisio Goreck “O lazer é considerado como oposição ao trabalho, mas muitas pessoas dizem que, se o trabalho for executado com satisfação e prazer, ele e considerado lazer”.

Segundo Miiller “hoje em dia, a Jornada de trabalho, na maioria das vezes, pode não ultrapassar as 8 horas diárias, apesar da crise econômica, o que pode nos levar a alguns questionamentos:será que o trabalhador desfruta deste direito conquistado?.Será que o trabalhador pode desfrutar desse tal lazer?

       Como conclusão parece esse artigo acredito que, algumas sugestões podem ser levadas em conta, visando a uma melhor relação entre Associação e Associado.

8 - Lazer e trabalho: relação de continuidade na aposentadoria?

Marcus Vinicius Castro Witczak

       A proposta deste estudo e entender como se processam as relações entre trabalho e lazer para o individuo que, ao mesmo tempo, envelhece e se aposenta. E importante salientar que este e um processo de dupla exclusão, realizada tanto no campo das relações sociais bem como na subjetividade deste: o trabalho, entendido como elemento constituinte em nossa sociedade de produção e consumo; e a subjetividade, entendida de forma processual e situando-a como elemento de analise desta relação mesma.

      A partir das colocações teóricas feitas no artigo por Marcus Vinicius Castro Witczak, chega-se a outro questionamento: após ter seu corpo submetido (disciplinado), o tempo desapropriado e aproveitado ao máximo (também disciplinado), o que restara a este individuo fora de sua Jornada diária de trabalho? Restara para os trabalhadores, apenas, o tempo socialmente conhecido como folga ou descanso.

      Logo concluímos com este artigo do livro que O trabalho, enquanto elemento socializador totalizante e identitario sempre estarão presentes em nossas vidas. O que muda é a forma como o representaremos e incorporaremos essas representações.

9 - Lazer e trabalho na música e na literatura.

Giuliano Gomes de Assis Pimentel

       Desta vez o artigo nos traz uma revisão de conceitos e analises de natureza disciplinar e multidisciplinar produzidos sobre a temática lazer e trabalho. Em contrapartida a aparente falta de 'novidades' do presente texto, o resgate se faz dentro de um lucro olhar. E ensaiada uma interpretação de musicas e literatura, entrelaçando-as com discussões teóricas sobre lazer e trabalho.

      E não hã melhor definição deste artigo do que as palavras do próprio autor Giuliano Gomes de Assis Pimentel “percebermos o lazer em suas relações com o trabalho, o corpo, a cultura e outros aspectos da vida tão presentes nos escritos artísticos, reforçamos a interpretação sobre a problemática do lazer estar cada vez mais em pauta na vida das pessoas. Outrossim, a poética nos revela pelas musicas e literatura que o lazer e pega chave numa arte cotidiana, integradora e cada vez mais imprescindível:a arte de viver”.

10 - Se o trabalho é doença o lazer é remédio?

Valquiria Padilha

       Olhando para este mundo em que vivemos, surgem algumas das perguntas que norteiam as reflexões expostas aqui: O homem trabalha hoje assim como trabalhavam seus pais e avos? Os filhos e netos de sua geração trabalharão igual? Como as mudanças histórico-sociais interferem no seu tempo Hoje e nas suas experiências do lazer? Qual e, afinal, a relação entre trabalho e lazer? Esta relação é sempre a mesma, em qualquer lugar ou época? Que tipo de trabalho e que tipo de lazer o capitalismo construiu? Que sociedade e essa que todos chamam de globalizada?

Mudanças na forma de trabalho:

·         Revolução Industrial;

·         Fordismo;

·         Taylorismo;

·         Toyotismo.

       Mas além de todas essas concepções, opiniões e olhares sobre a questão de trabalho e lazer é preciso termos consciência de que devemos buscar, alternativas não só nas esferas do trabalho e do lazer, mas também nas esferas da educação, da saúde, da política, da cidadania, da justiça e dos meios de comunicação.

11 - Críticas Pessoais

César A. j. dos S Vilela Tavares

      Depois da leitura do livro “Lazer ou Trabalho: um único ou Múltiplos olhares” conclui que os artigos possuem um conteúdo Excepcional com as diversas opiniões sobre a questão de trabalho, suas transformações e o lazer, entretanto, a forma na qual foi colocada essas dissertações no livro foi muito repetitiva como exemplo do artigo 6° do livro que foi explicitamente a opinião de dois produtores do mesmo, com relação á compreensão do que é lazer.      

      Tornando-o assim um livro de pouca atração didática, mesmo havendo um conteúdo muito bom.

      E Para finalizar, gostaria de repetir o que o autor do ultimo artigo “Se o trabalho é doença o lazer é remédio?” vem dito e escrevendo nos seus percursos pela vida com relação ás lutas sociais para o direito do trabalho e ao seu lazer: para não perder a esperança de vista, lembro-me de Gramsci, que dizia que e preciso ser pessimista na analise, mas otimista na ação.

      Outrossim, palavras de José Saramago “ O que as vitorias tem de ruim e que não são definitivas. O que as derrotas tem de bom e que também não são definitivas". Fazendo uma alusão clara as lutas das classes sociais pelos seus direitos no trabalho.