sábado, 1 de dezembro de 2018

Metodologia do Ensino de Educação Física - Gustavo


Metodologia do Ensino de Educação Física
Coletivo de autores



Micheli Ortega Escobar
Elizabeth Varjal
Valter Bracht
Celi Taffarel
Carmen Lúcia Soares
Lino Castellani Filho


Cortez Editora
2ª edição revista



Primeira edição lançada em 1992
Segunda edição lançada em 2009





Metodologia do Ensino de Educação Física
 

  No contexto da educação escolar o livro foi criado com base nas condições de ensino do professor, sua desvalorização e suas limitações, teve sua primeira edição lançada em 1992, e agora com coletivos de seis autores.
    O livro possui em seu conteúdo metodologia de ensino da educação física citando o desenvolvimento da aptidão física e reflexão sobre a cultura corporal em um projeto político pedagógico, levando em conta classes socias (classe trabalhadora e proprietária) que ao longo da história vem buscando hegemonia popular. A hegemonia não ocorre pela diferença dos interesses das classes.
    Pedagogia é a reflexão e teoria da educação capaz de dar conta da complexidade, globalidade e especificidade de determinada prática social que é a educação.
    É preciso que o educador tenha de forma clara qual projeto de sociedade e de homem que persegue, quais os interesses de classe que defende, quais os valores, a ética e a moral que elege para consolidar através de sua prática, como articula suas aulas com este projeto maior de homem e sociedade, compreendendo como projeto político pedagógico se realiza na escola, como se materializa no currículo.
    Currículo do latim Curriculum, significa corrida, caminhada, percurso. Representa o percurso do indivíduo no processo apreensão do conhecimento científico selecionado pela escola. A escola não desenvolve o conhecimento científico, ela se apropria dele, dando-lhe um tratamento metodológico, desenvolvendo assim a reflexão do aluno sobre esse conhecimento, sua capacidade intelectual. Com o eixo curricular se delimita o que a escola pretende explicar aos alunos e até onde a reflexão pedagógica se realiza, a partir do eixo curricular se faz o quadro curricular com disciplinas, matérias ou atividades curriculares.
    O currículo conservador que se faz predominante deveria ser reavaliado porque a natureza de sua reflexão pedagógica não explicita as relações sociais e mascara seus conflitos. Sem duvida poderiam ampliar a reflexão pedagógica desenvolvendo nos alunos uma lógica dialética, se comprometendo com os interesses das camadas populares, dando ao aluno liberdade para expor sua dimensão em sua totalidade.
    Com a chamada dinâmica curricular, é proposto a união das matérias fundamentais com as referências do conceito de currículo aplicado proposto. Não basta que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados é preciso que se liguem à sua significação humana e social. Instigar os alunos a ultrapassar o sendo comum e construir formas mais elaboras de pensamento. Relação de continuidade em que, progressivamente, se passa da experiência imediata ao conhecimento sistematizado, contudo, havendo confrontamento do etapismo e sistema de seriação.
    Na perspectiva dialética, não se aplica a visão fragmentada da realidade, o conhecimento não é pensado por etapas, ele é construído no pensamento de forma ampla, em seus princípios a totalidade, movimento, mudança qualitativa e contradição que informam os princípios curriculares.
    A pedagogia progressista, argumenta como uma das referências, a evolução do homem ao longo das eras, fundamental para essa perspectiva da prática pedagógica da educação física o desenvolvimento da noção da historicidade da cultura corporal, sendo todas as atividades corporais construídas em determinadas épocas históricas, como respostas a determinados estímulos, desafios necessidades humanas.
Contemporaneamente  se pode afirmar que a dimensão corpórea do homem se materializa nas três atividades produtivas da história  da humanidade, sendo elas: linguagem, trabalho e poder.
    O ensino da educação física tem também um sentido lúdico que busca instigar a criatividade humana à adoção de uma postura produtiva e criadora de cultura tanto no mundo do trabalho como no do lazer.
    Como amparo legal o aluno pode ser dispensado das aulas de educação física, o que não acontece nas outras disciplinas, por serem vistas como conhecimento científico universal que precisa ser transmitido. Nessa perspectiva de reflexão de cultura corporal, a expressão corporal é uma linguagem, um conhecimento universal, patrimônio da humanidade que igualmente precisa ser transmitido e assimilado pelos alunos.
    Educação física é uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais, como jogo, esporte, dança e ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Surgindo na Europa no final do século XIII e início do século XVX, como o início do capitalismo, tendo homem forte, ágil e saudável bem visto para o mercado de trabalho da época. A educação física ganhou espaço com intuito de fortalecer o homem e prepara-lo para as industrias nascentes, exércitos, assim com prosperidade da pátria. Com o mesmo, homens mais fortes e saudáveis foram de importância e caráter
cientifico para as ciências biológicas. As aulas de educação física nas escolas eram ministradas por instrutores físicos do exército que traziam para essas instituições os rígidos métodos militares da disciplina e da hierarquia. Construía-se nesse sentido, um projeto de homem disciplinado, obediente, submisso, profundo respeitador da hierarquia social.
    As avaliações em educação física têm sido direcionadas por um único referencial, denominado aqui de “paradigma docimológico clássico”. Assim, têm sido enfatizadas avaliações com fins classificatórios e seletivos, que acabam por discriminar e contribuir para a evasão escolar da classe trabalhadora. É importante destacar também que os processos avaliativos são determinados pelas teorias pedagógicas, que por sua vez, são frutos de necessidades sociais concretas. Nesse sentido, essa atual forma avaliativa é resultante de necessidades da organização social capitalista. Essa atual forma avaliativa, pautada no desenvolvimento da aptidão física, busca identificar nas escolas os talentos esportivos. Nesse espaço, o esporte toma lugar de destaque, negligenciando o trabalho com os elementos da cultura corporal, dando as aulas, de acordo com Soares et al (1992), um significado meritocrático, uma vez que valoriza, sobretudo, o esforço individual.
    No processo de ensino-aprendizagem, os teste e medidas não trazem aos alunos suas evoluções qualitativas, somente as quantitativas. A proposta de avaliação do processo de ensino-aprendizagem deve levar em conta a observação, a análise e conceituação de elementos que compõem a totalidade da conduta humana que se expressam no desenvolvimento das atividades.
    Se mostra como indispensável a substituição de práticas avaliativas mecânicas (testes e medidas, por exemplo) por práticas produtivo-criativas para que o processo de avaliação auxilie na identificação dos conflitos do processo de ensino-aprendizagem para a superação dos mesmos por meio de esforço crítico e criativo dos alunos. Os alunos devem ter espaço para participarem do processo de avaliação, eles devem ter a oportunidade de expressarem seus objetivos de ação.
    É importante destacar que contribuir para a afirmação dos interesses de classe das camadas populares transcende a simples substituição de valores individuais para os de solidariedade e cooperação. A educação física em âmbito escolar deve contribuir para a afirmação dos interesses populares na medida em que trata de conhecimentos historicamente produzidos e acumulados de forma crítica para que o aluno seja capaz de identificar as contradições sociais e se identificar como sujeito produto e produtor histórico-social.




  Recomendação da obra


  Apesar dessa heterogeneidade de perspectivas em que o livro foi desenvolvido, ele é, atualmente, a obra mais indicada para professores e estudantes das licenciaturas que pretendem direcionar seus trabalhos escolares em aproximação com a linha materialista histórica.
    O livro é destinado a pessoas de diferentes níveis intelectuais, desde alunos de graduação aos profissionais da área, que buscam especializações visando, ampliar seus conhecimentos, criando debates e discussões, definindo novas perspectivas sobre a Educação Física, interagindo de maneira conjunta com estudos e práticas socioculturais.





Descrição da Estrutura

Dividido em 4 capítulos:
·         Capítulo 1 – A Educação Física no Currículo Escolar: Desenvolvimento da Aptidão Física ou Reflexão sobre a Cultura Corporal
·         Capítulo 2 – Educação Física Escolar na Direção da Construção de uma Nova Síntese
·         Capítulo 3 – Metodologia do Ensino da Educação Física: A Questão da Organização do Conhecimento e sua Abordagem Metodológica
·         Capítulo 4 – Avaliação do Processo Ensino – Aprendizagem em Educação Física
O foco narrativo do livro está em terceira pessoa, mas contém depoimentos dos autores
O livro possuí 200 páginas




Opinião

O livro ampliou a visão sobre pedagogia, e como currículo escolar pode ser aplicado, tendo em vista que os alunos podem ter autonomia sobre o conhecimento que o eixo pedagógico determina sobre o que deve ser transmitido nas escolas, dando a eles compreensão não de forma fragmentada, mas dando a possibilidade do aluno desenvolver o próprio pensamento, podendo assim criar, inovar, desenvolver novas perspectivas.
Também traz em seu conteúdo a origem da Educação Física, as mudanças pela qual ela passou ao longo dos anos e argumenta com fatos históricos a importância da cultura corporal.
Defende que a Educação Física é fundamental e de conhecimento universal que deve ser transmitido nas aulas com a mesma importância de outras disciplinas.






Referências


Pesquisa de Campo Jogos e Brincadeiras Lúdicas

Nome: Bianca Lúcia de Almeida
          Helena de Luna Beraldo
          Raphaela Aparecida dos Santos
          Thalita Clara Ferreira de Souza

A brincadeira é o exercício físico mais completo de todos, e é através dela que agregamos valores e virtudes à nossa vida. A atividade lúdica favorece a autoestima da criança, desenvolvendo várias habilidades como a interação, atenção, memorização, imaginação, entre outros; sendo aspectos básicos para o processo de aprendizagem que está em formação.

1.         Período de pesquisa: dia 15/10 até 01/11

2.         Localização: Rua Vicente Canestri – Bairro: Vila Vilela e UFLA (NEDI e CRIA)

3.         Caracterização geral do espaço
3.1)            Estruturação interna: O NEDI (escola infantil) possui uma boa estrutura interna, com quadra (sem cobertura) e parque para as crianças; o projeto CRIA acontece no G2 da UFLA, sendo ele bem estruturado e adequado para recebê-las.  
a)      Equipamentos disponíveis: bambolês, bolas, cones, bicicleta, carrinho de rolimã, etc.

4.         Classes socioeconômicas
4.1)            Faixas etárias: Professores – entre 25 e 25 anos; NEDI – crianças entre 3 e 4 anos; outas crianças entre  8 a 12 anos.
4.2)            Gêneros: masculino e feminino.
4.3)            Classe econômica: baixa e média.

5.         Apreciação geral (atendimento à população)
  O Projeto CRIA e a escola NEDI atende crianças de todo município. O NEDI prioriza a garantia da igualdade de tratamento, promovendo o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
   O Projeto CRIA promove a interação das crianças através do atletismo e capoeira e possibilita o desenvolvimento básico da mesma.

6.         Entrevistas com responsáveis e participantes

Entrevista com professores de Educação Física:

- O que o professor de Educação Física dá em sua aula?
Os professores conversam com os alunos sobre jogos e brincadeiras lúdicas, pedem para os alunos levarem brincadeiras de casa e também apresentam brincadeiras. Costumam ir para praças vizinhas à escola para mudar o ambiente.

- Utiliza algum equipamento? Quais?
Eles apresentam brincadeiras lúdicas que muitos não conhecem (como pular elástico), disponibilizam material da escola, mas também estimulam a criarem jogos e brincadeiras com materiais recicláveis (exemplo: pique-litro usando garrafa pet).

- Qual foi o desenvolvimento notado pelo professor? Trouxe algum benefício?
Observa que essas atividades levam os alunos a curiosidade, abertura ao novo, questionamento, modificações as regras e características das brincadeiras.

- Como é feita a inclusão? Com alunos especiais, se tiver?
Procuram trabalhar com brincadeiras que inclui as crianças especiais.

- A brincadeira possui algum proposito ou é só para distrair?
Conhecimento sobre si, sobre o outro, comunicação, desenvolvem múltiplas linguagens, organização de pensamentos e regras, tomada de decisões, estabelecer limites, socialização e competências socioemocionais (resiliência, integridade, etc).


Entrevista com as crianças:

- Hugo tem 10 anos e brinca na rua de pique-ajuda, joga bola, anda de bicicleta e carrinho de rolimã. Brinca com mais ou menos 5 crianças. A mãe participa das brincadeiras, e em casa ele joga vídeo game. Na Educação Física gosta da aula e do professor, e costuma jogar futebol, três cortes, vôlei e queimada.

- Eduardo tem 10 anos e brinca de rouba bandeira, queimada e entre outras, na aula de Educação Física. Em casa e na rua ele brinca de bola e pique esconde.

- Raquel tem 11 anos, e gosta de jogar futebol. Adora a aula de Educação Física, o professor passa um aquecimento e depois joga queimada, futebol, gincana, entre outras. Ela não brinca na rua pois não gosta.

- Mirelli tem 10 anos e brinca na escola de pular corda. Gosta do professor e da aula de Educação Física, joga muito queimada. Não brinca em casa, mas na rua brinca de rouba bandeira, pique esconde e queimada. Não tem vídeo game, nem celular. Os pais brincam junto às vezes.

- Talison tem 9 anos e brinca na escola de futebol e queimada. Gosta do professor de Educação Física e adora as atividades que ele passa. Em casa anda de bicicleta, joga no computador, e brinca no vídeo game. Não brinca na rua. Seus pais brincam junto.

Entrevista com os pais das crianças:

- Vocês brincam com os filhos? Se não gostariam de brincar?
Sim

- Quais brincadeiras?
Queimada uma delas.

- Vocês acham importante brincar?
Sim, desenvolve a mente e é uma fase inesquecível.

- Qual brincadeira você aprendeu na infância e ensinou ao seu filho?
Pular elástico.

- O que acha dos jogos eletrônicos?
Não recomendo. Acho que atrapalha no desenvolvimento da criança. Meus filhos têm vídeo game, porém tem dia e horário certo para jogar.


         Entrevista com o estagiário do NEDI
- Objetivo: desenvolvimento de habilidades motoras das crianças. De 3 e 4 anos.

- Opinião dele: ele acredita que o trabalho deve ser feito não somente com circuitos, ou aprimorar habilidades.

- Modo como ele trabalha: tenta ministrar jogos, brincadeiras, danças, ginásticas, tudo isso dentro de um contexto, utilizando também histórias para que as crianças possam engajar-se  dentro disso.

- O que ele acha do lúdico: brincar por brincar não faz sentido. As brincadeiras sempre tem algum propósito, como desenvolver habilidades.

- Como é a participação das crianças: dependendo da brincadeira todos os alunos participam. Mas, sempre tem as crianças mais tímidas e o ideal é trabalhar para que todos participem e sempre estimulando essas crianças mais tímidas.

- Um dos grandes problemas: a quadra é descoberta.

- Ele faz estágio tanto em escola pública quanto em privada. Nessa diferença de escola ele viu uma diversidade, como em estrutura da escola e matérias que utiliza nas brincadeiras.

- Materiais que utiliza no NEDI: bambolês e bolinhas.



Slide da pesquisa de campo:

Pesquisa de Campo Jogos e Brincadeiras Lúdicas

Jogos e Brincadeiras Lúdicas

JOGOS E BRINCADEIRAS LÚDICAS

Jogos e brincadeiras são uma prática desportiva e lazer desenvolvido por qualquer tipo de pessoa, tanto por crianças como adultos e são passados de geração para geração. Tais práticas estão diretamente ligadas com a cultura, cada lugar tem uma interpretação e uma adaptação às características regionais. Além disso, estes jogos e brincadeiras são praticados em qualquer lugar, como escolas, ruas, praças, calçadas, parques, zonas rurais. No entanto, hoje em dia, a maior massa de crianças não desfruta desse lúdico, por vários motivos, um deles é a insegurança causada pela violência nas cidades. Dentre as soluções para resgatar essa recreação, seria praticá-las nas aulas de Educação Física, pois além de ser uma grande forma de educar, essa didática possui uma tradição técnico-pedagógica em estratégias de ensino nos campos da ginástica, recreação, esporte e atividades rítmicas e expressivas.
Brincar é uma necessidade de qualquer criança, pois é sinônimo de aprender. Educar ludicamente não é jogar lições empacotadas, consiste em um ato consciente e planejado. Solange Rosa Barbosa de Almeida diz “Na atuação do educador, os jogos e brincadeiras com fins educativos devem ser utilizados como recurso didático-metodológico, pois no planejamento das atividades, deve-se considerar os objetivos a serem atingidos. O professor deve atuar como mediador no processo ensino aprendizagem, sempre com um olhar atento aos jogos e brincadeiras, de forma que atendam às necessidades individuais e coletivas, de acordo com a faixa etária da criança.” O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso. Erielton Pereira da Silva menciona em seu artigo ”Souza (2001) diz que ao brincar na Educação Física e na recreação, a criança aprende de forma natural, e muito prazerosa, desenvolvendo habilidades como integração com o grupo, locomoção, raciocínio, espírito esportivo, resistência física e psicológica, criação de estratégias, motivação, criatividade, comunicação, espírito de liderança, noções de tempo e espaço, compreensão dos limites dos outros, interpretação de situações, curiosidade, motricidade, coragem, desinibição, convivência, saber perder, respeito ao próximo, aceitação de limites e o reconhecimento de que eles são necessários, saber esperar, autonomia, atenção, cooperação”.
Uma metodologia de base lúdica e que favoreça a criatividade do aluno é a mais indicada. A partir daí muitas outras estratégias podem ser mobilizadas, em virtude das características do conteúdo e dos objetivos específicos a atingir. Contudo, a escolha de estratégias, bem como de conteúdos específicos, deve obedecer aos princípios metodológicos gerais. Dentre os princípios metodológicos, podemos citar o princípio da inclusão, princípio da diversidade, princípio da complexidade, princípio da adequação, e assim por diante.
Crianças com necessidades especiais são consideradas, frequentemente, incapazes de participar e contribuir nas atividades em grupos, logo, muitas vezes são isoladas, sobretudo na escola. Porém, a interação social desse conjunto especial é muito importante para superar suas limitações. No artigo desenvolvido por Carolina Molina Lucenti de Souza e Cecilia Guarnieri Batista é mencionado brincadeiras feitas com crianças com necessidades especiais que despertou nelas interação, diálogo, ajuda para com o colega, compartilhamento de conhecimentos e brinquedos, comportamentos de cuidado e proteção, elaboração de ideias, raciocínio, habilidades e dentre outras manifestações.
Uma das novas vertentes para os jogos lúdicos são os exergames. É inegável que a tecnologia se difunde cada vez mais e todas as classes estão ligadas a ela. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Mestre em Educação Física do Instituto Superior de Educação do Ateneu, Guilherme Carvalho Franco Da Silveira, ele afirma que os alunos ainda compreendem a atuação da Educação Física apenas na movimentação corporal, sem mais abrangentes; todavia, eles demonstraram interesse em aulas com equipamentos eletrônicos e sugerem práticas com os mesmos, tanto para fundamentação teórica, quanto para a prática, podendo assim “igualar” o potencial dos estudantes e desenvolver novas habilidades para serem apresentadas. Além disso, o trabalho executado em vídeo games deixa os alunos mais atentos a fazê-los interagir mais com a aula apresentada.
Os professores de educação física das escolas onde a pesquisa foi realizada deixaram claro que também apoiam os exergames, uma vez que é um instrumento de desenvolvimento cognitivo e uma atividade de lazer lúdica, não obstante sob condição a ser usada de forma equilibrada.

Referências
Souza, Carolina Molina Lucenti de e Batista, Cecilia Guarnieri. Interação entre Crianças com Necessidades Especiais em Contexto Lúdico: Possibilidades de Desenvolvimento. 2008, Campinas, SP. http://www.scielo.br/pdf/prc/v21n3/v21n3a06
Silveira,Guilherme Carvalho Franco Da e Torres, Livia Maria Zahra Barud. Educação física escolar: um olhar sobre os jogos Eletrônico. http://www.cbce.org.br/docs/cd/resumos/157.pdf

Silva, Erielton Pereira Da. Utilização dos jogos nas aulas de educação física educação física. http://repositorio.faema.edu.br:8000/jspui/handle/123456789/1056

Almeida, Solange Rosa Barbosa de. Os jogos e a brincadeira no desenvolvimento da aprendizagem. http://www.unifan.edu.br/files/pesquisa/OS_JOGOS_E_A_BRINCADEIRA_NO_DESENVOLVIMENTO_DA_APRENDIZAGEM_%20SOLANGE%20BARBOSA.pdf
Dallabona, Sandra Regina e Mendes, Sueli Maria Schmitt.O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38603683/o_ludico_e_a_educacao.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1536188672&Signature=NHrc19enp5svlmIEz8YZMWkDYoE%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DO_LUDICO_NA_EDUCACAO_INFANTIL_Jogar_brin.pdf
Betti, Mauro e Zuliani, Luiz Roberto. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/viewFile/1363/1065

Slide:

Jogos e Brincadeiras Lúdicas


Didática da Educação Física 2


Marina Romano de Souza
Didática da educação física 2
23/11/18


INTRODUÇÃO

Neste livro o profissional encontra exemplos e táticas de um modelo pedagógico pouco falado. Deste modo, é possível perceber que a obra desconstrói conceitos da educação física que estão tão atrelados ao curso, como por exemplo a esportização exacerbada das matérias vistas na faculdade, assim como na pratica didática em escolas. Assim o profissional com esse livro consegue enxergar um lado mais humano e pouco falado da educação física, com seus diversos leques de possibilidades e de chances de inovação.

UNIDADE DIDÁTICA 5 – PRÁTICAS DIDÁTICAS PARA UM “CONHECIMENTO DE SI” DE CRIANÇAS E JOVENS NA EDUCAÇÃO FÍSICA
Neste capitulo Elenor Kunz trata sobre toda a complexidade acerca da educação da criança moderna. É citado sobre como uma melhor formação será importante para um melhor desenvolvimento pessoal e nas suas potencialidades e possibilidades para solidariedade a sociabilidade, a vida e o amor e não apenas para êxito no mundo do trabalho.

Um outro ponto apontado é sobre o autoconhecimento ou conhecimento de si, que principalmente na fase da criança se torna tão importante. Deste modo, a educação física e seus profissionais se tornam responsáveis a conduzir o levantamento na criança e no adolescente do “quem sou?”. Assim o profissional deve inserir no aluno um sentimento de tentar persuadir e ir atrás de experiencias, pois segundo Zur Lippe seria da vida para as vivências e das vivências para as experiência.

Hoje em dia já é sabido que a tecnologia como um todo afeta diretamente e indiretamente na vida das crianças e dos jovens. Logo, não lhes é permitido dialogar como mundo fora das ideias e das racionalidades preconcebidas já que o mundo já é colocado a sua disposição. Por isso, é difícil ser diferente hoje em dia pois tudo já esta pronto e em nossas mãos mesmo não procurando por isso, é um mundo superacelerado, ou seja ele é treinado para a elaboração de informações na velocidade eletrônica, sem tempo para refletir.

Os jogos e as brincadeiras possuem em comum com os esportes a competição, por causa das vivencias de fracasso e de insucesso. Esses momentos, trazem consequências para toda vida da criança. Deste modo o docente deve levar em consideração de ensino não somente jogos competitivos e que de alguma forma ou outra irão acarretar no fracasso de metade da turma, assim brincadeiras com o cunho cooperativo devem ser implantadas. Alguns exemplos de como isso deve ser feito serão apresentados, com:

1-      Respiras e descontrair: implementação de atividades e brincadeiras onde sempre se remete a respiração. Esses exercícios são feitos com o objetivo de despertar a sensibilidade para a melhor consciência de si e de sua autoimagem.

2-      Música, movimento e ritmo: a dança serve como uma forma de liberdade expressiva, onde os movimentos não seguem uma orientação determinada.

3-      Linguagem e movimento: se trata de atividades que incorporam o lugar de fala do aluno. Assim, todos devem ter oportunidade de falar e demonstra suas opiniões na sala.

4-      Arte, desenho e movimento: atividades de cunho artístico pode ser usadas para ampliar o imaginário e a criatividade da criança, que são coisas importantes para a atividade intelectual e corporal criativa.

5-      Movimentos e natureza: atividades feitas na natureza. Ajudam na conscientização e o respeito com a natureza

UNIDADE DIDÁTICA 6- ESPORTE NA FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: POSSIBILIDADES PARA SUA TRANSFORMAÇÃO  DIDÁTICO-METODOLÓGICA
Neste capitulo o autor aborda o assunto de como o esporte foi tão atrelado e envolvido com a própria educação física que hoje em dia é ate confundido com a mesma. Deste modo, as consequências para o mundo escolar se tornam diversas como por exemplo a tendência ao selecionamento, competitivismo exacerbado etc. Assim, para uma melhora gradual na didática em escolas é preciso mudar a fonte do problema, que seria a grade curricular da faculdades de educação física compostas de matérias com o objetivo somente esportivo.

Logo, Daolio propõe três mudanças na estrutura curricular. A primeira seria o “treino do olhar”, ou seja ampliar o olhar para o fenômeno sociocultural do esporte; a segunda seria a produção de uma “pedagogia dos esportes”, que seria ensinar o esporte com estratégicas didáticas de não somente competição, mas de cooperação também: o terceiro seria a reorganização das disciplinas.

Assim, devemos reconhecer o meio escolar como um meio em que o produto de um saber encarnado, vivo, instituinte, aberto e movimentado. Hoje em dia a educação física e integrada como um componente curricular integrado só projeto político-pedagógico da escola. Exige-se um trato pedagógico capaz de produzir uma cultura escolar de movimento que supere a simples praticados conteúdos e os perceba como conhecimento gerado a partir de vivências humanas.

UNIDADE DIDÁTICA7: EXERCITANDO CONHECIMENTOS E PRÁTICAS SOBRE MEIO AMBIENTE A PARTIR DA PEDAGOGIA CRÍTICO-EMANCIPATÓRIA
Neste capitulo, as vivencias de um novo modelo de didática será apresentada. A natureza será implementada como forma de libertar o aluno do espaço que sempre lhe foi dado como corriqueiro e excludente. Assim essa dinâmica tem três objetivos:

1-      Apresentar o meio ambiente como tema necessário e possível de ser incluído no ensino formal visualizando seu tratamento a partir da educação física no âmbito escolar

2-      Apresentar estratégias de ações que envolvam mais o aluno

3-      Anunciar possibilidades alternativas e superadoras de nossas próprias experiencias visualizando associação com outras disciplinas escolares.

Segundo Hernadez e Ventura, projetos de trabalho consistem em forma de organizar o ensino e aprendizagem cuja função e favorecer a criação de estratégias para o tratamento da informação e o estabelecimento de relações entre diferentes conteúdos em torno de problemas ou hipóteses. Eles podem se estruturar seguindo determinados eixos: a definição de conceitos, um problema geral ou particular ou conjunto de perguntas inter-relacionadas, busca questões que valham a pena ser tratadas superando os limites disciplinares.

UNIDADE DIDÁTICA 8: ESCLARECIMENTO E EMANCIPAÇÃO: DESAFIOS DA DISCIPLINA PRÁTICA DE ENSINO NA EDUCAÇÃO FÍSICA
O debate em torno da formação profissional em educação física passa necessariamente pelo entendimento dos papeis desempenhados pela pratica de ensino nos cursos de graduação.

A disciplina de ensino de educação física tem sido entendida de forma integradora , baseada em vivencias que pretendem permitir aos acadêmicos compreender os problemas de formação do curso, de modo a aproxima-los das realidades profissionais da área de educação física. Dessa forma estrutura-se a disciplina a partir de deus diretrizes:

1-    A apropriação/produção/difusão de conhecimentos

2-    As relações entre teoria e pratico pedagógicas

Uma abordagem que se pretende dialeticamente pode ser constituída pelo desenlaçar da teoria e da pratica como uma necessidade de compreensão do singular e do universal, do concreto e do abstrato, do real e do imaginário imanentes ao contexto onde se faz-se presente o agir pedagógico. Contudo, faz-se necessário um retorno um confronto entre os aspectos do discurso e do fazer da coerência e ou das imprecisões surgidas é que poderemos construir um entendimento dos sujeitos/objetos analisados.

Resenha sobre o livro "Educação do Corpo na Escola Brasileira"


O primeiro texto do livro é do autor Marcus Aurélio Taborda de Oliveira, "A título de apresentação - educação do corpo na escola brasileira", ele inicia seu texto com a seguinte pergunta:” Que tipo e qualidade de questões devem nortear um programa que pretende estudar historicamente a relação entre corporalidade e escolarização?” E ao decorrer ele vai respondendo essa pergunta. Ainda segundo o ele, existe um conjunto de reflexões que pretendem sugerir algumas possibilidades para um programa de pesquisa em torno da instauração de práticas corporais no interior da escola. Estas reflexões são elaboradas a partir de quatro eixos: o sentido de um programa de pesquisa que pretende estudar historicamente a relação entre corporalidade e escolarização; o conjunto de temas que pode encerrar; a documentação sobre a qual se pode trabalhar; a inter-relação entre diferentes campos disciplinares. Durante o trabalho, Marcus aborda estes eixos através do diálogo com alguns resultados de um projeto de pesquisa sob sua coordenação, que vem estudando a questão no contexto da escola paranaense durante o período 1882-1920. Ele ainda diz que a mudança da escola doméstica para a escola graduada, é uma substituição da família, uma “extensão melhorada do lar”.
No segundo texto “Marcas do corpo escolarizado, inventário do acúmulo de ruínas: sobre a articulação entre memória e filosofia da história em Walter Benjamim", o autor Alexandre Fernandez Vaz faz uma junção da memoria e da historia de vida de Walter Benjamin e Theodor W. Adorno, onde ele faz recordações da infância de cada um e também pequenos textos de suas obras. Vaz reúne parte dos resultados de uma pesquisa que fez sobre teoria crítica, racionalidade e educação. Nas memórias de Benjamim, a escola aparece como espaço de restrição e sofrimento, enquanto em Adorno observa-se uma relação entre fascismo, os primeiros anos de vida e o cotidiano escolar.
No terceiro texto “Violencia, Corpo e Escolarização, apontamentos a partir da teoria crítica da sociedade.” Luciane Paiva Alves de Oliveira fala sobre a violência na escola. Ela se apoia em teóricos como Foucault, Marcuse, Horhheimer e Adorno, discute a negação do corpo nas práticas corporais presentes na escola como parte de um contexto mais amplo de uma sociedade marcada pela história de dominação, pois qualquer aluno identifica e aprende a seguir regras que colaboram para o desenvolvimento do autocontrole sobre ações, representando assim algum tipo de sacrifício corporal ou não. Segundo Luciane, a investigação da violência, dentro ou fora da escola, pode ser feita por intermédio da vinculação contraditória que o homem mantém com o corpo: relação de amor-ódio. E com isso o homem já foi igualdo a uma maquina porém atualmente ele é considerado inferior. A título de ilustração são relatadas algumas situações vivenciadas no contexto escolar onde se manifesta a violência: durante o recreio e no período de entrada e saída de alunos, propondo que a escolarização como um projeto formativo tenha como princípios fundamentais o combate à violência, ao ódio e à barbárie.
Talita Bance Dalcin a autora do quarto texto que vinha com o tema: “Palmatoando as Fontes, os usos de castigos físicos e da ordem nas escolas paranaenses da segunda metade do século XIX” , falava sobre o uso dos castigos corporais empregados para disciplinar e conter as  crianças em que deveriam se submeter a uma educação escolarizada, em busca de uma civilização dos costumes pretendida em fins do século XIX. Analisando documentos do Arquivo Público do Paraná, para ela os castigos corporais eram justificados sob dois argumentos centrais: o esgotamento do castigo moral, previsto em lei, como forma de disciplinar os alunos, e maior eficácia dos castigos corporais, especialmente da palmatória, para o disciplinamento que conduziria à 'civilidade'. Por volta de 1880, o uso desse recurso, além de não produzir os efeitos disciplinadores, passa a ser repulsado pela sociedade, ganhando força e aprovação social os castigos morais. Ela encontrou  relatórios de um professor Paranaense Jerônymo Durski em que ele a primeiro momento parece não esta de acordo com essa violência, mais após ler alguns outros trechos ele fala sobre vários castigos.
No quinto texto Meily Assbü Linhales faz uma reflexão com o texto “A produção de uma forma escolar para o esporte: os projetos culturais da Associação Brasileira de Educação (1926-1935) como indícios para a historiografia da educação física”. O processo de estudo do esporte é feito por meio da contribuição da Associação Brasileira de Educação (ABE). Meily analisa projetos da ABE, utilizando-se da categoria forma escolar para propor a identificação das estratégias de produção do que ela denomina de forma escolar para o esporte, e da categoria saberes escolares para pensar o esporte como uma 'disciplina' que participa da formação da escola, da prescrição pedagógica e da organização sociocultural atinentes à experiência escolar moderna.
Sexto texto Omar Schneider e Amarilio Ferreira Neto, se identificam com a saúde e estudam a partir disso com o tema: “Saúde e Escolarização: Representações, intelectuais, educação e educação física." A forma como os intelectuais de diferentes formações abordaram a discussão da saúde, da higiene, da educação e da sociedade, assim como as influências na revista Educação Physica, nas décadas de 1930 e 1940, foi pesquisada por eles. Conseguiram evidenciar a transposição de uma perspectiva que defendia um branqueamento da sociedade, para um discurso que aponta a educação do corpo de caráter higienico para a melhoria da população. A educação física, ressaltada na revista, tinha por função melhorar as condições biotipológicas promovendo uma homogeneidade da população, tendo como modelo a educação grega (física, moral e intelectual) e o culto ao padrão grego de estética corporal espelhado em sua estatutária. Aponta um processo onde está presente tanto continuidade quanto descontinuidade nos discursos e propostas de promoção da saúde por meio da escola.
No sétimo texto os programas de educação física para o ensino secundário e sua implementação no contexto escolar são analisados por Sérgio Roberto Chaves Júnior em "Os programas de educação física no ensino secundário: algumas considerações sobre o Ginásio Paranaense (1931-1947)". As análises desenvolvidas indicam que tanto o programa contido na reforma Francisco Campos quanto as formas para a educação física nos estabelecimentos de ensino secundário de 1947 foram claramente baseados no método francês. Sua principal contribuição é a de demonstrar em que medida estes programas se efetivaram, ou não, no contexto do Ginásio Paranaense.
Vera Lúcia Gomes Jardim, completou o livro com o oitavo texto, onde se ficou envolvida com o tem: "Educação musical: a concepção escolar para o ensino da música" onde se trata dos processos de ensino da música implantados através das políticas educacionais nas escolas públicas de São Paulo em consonância com a filosofia educacional colocada no final do século XIX até os anos de 1920. Ao longo do texto, a Vera procurou destacar as funções que estava colocada para a educação musical na formação escolar daquele período. Por meio de sua análise, que os métodos utilizados na educação musical estavam sintonizados com as novas metodologias da pedagogia e da psicologia, em especial com o método intuitivo desenvolvido por Pestalozzi, que se apoiava na intuição, na observação, nos sentidos e na experiência.
O nono texto: "O ensino de canto orfeônico e sua perspectiva higienista na primeira metade do século XX", de Wilson Lemos Junior, é um texto onde o ele procura destacar a perspectiva em que utiliza com a qual pretendia-se ensinar a música orfeônica na escola, enfocando as práticas da escola secundária curitibana na primeira metade do século XX. Ele diz ainda que a música é de extrema importância já que está ligada a disciplina de expressão estética, sem ela, não existe mais. Neste contexto, o aspecto higienista era muito enfatizado enquanto elemento de desenvolvimento físico das partes respiratória e circulatória do corpo.
No texto que encerra o livro, Cássia Helena Ferreira Alvin e Marcus Aurélio Taborda de Oliveira, faz uma reflexão sobre "Uma experiência de construção do currículo escolar para a educação física: das amarras da tradição à tentativa de reorientação", Ele faz uma conclusão de tudo que foi falado em todos os outros textos, expõe que a partir das experiências de Araucária, no Paraná, uma proposta de reformulação para o ensino da educação física. Propõe como seu objeto de ensino a corporalidade concebida como a expressão criativa e consciente do conjunto de manifestações corporais historicamente produzidas, buscando a comunicação e interação de diferentes indivíduos, com o seu meio social e natural. Assim, foram elaborados quatro eixos para a prática pedagógica deste componente curricular na escola no município de Araucária: Desenvolvimento corporal e construção da saúde; Expressividade do corpo; Relação do corpo com o mundo globalizado; O corpo que brinca e aprende. O indivíduo está em constante desenvolvimento, e se dará de forma saudável de acordo com Cassia e Marcus. O ponto de partida do trabalho pedagógico na concepção na corporalidade é entender o corpo como construção histórico-cultural, partindo do senso comum para o conhecimento científico-cultural elaborado, produzido pela humanidade, organizado e sistematizado.
Compreendi que as pesquisas apresentados neste livro traz importantes contribuições para o entendimento das relações entre os processos de escolarização e os processos de educação do corpo na sociedade brasileira, em que se constituem em fonte de inspiração para o desenvolvimento de novas pesquisas e reflexões, especialmente nas áreas de educação física.

Resenha do Livro em Video

Resenha do livro Jogos Cooperativos



Jogos Cooperativos
   No livro Jogos Cooperativos Fabio Brotto, o autor retrata a importância desses jogos para viver bem uns com os outros, buscando sempre a cooperação.
Trata-se de um estudo filosófico-pedagógico acerca dos jogos cooperativos para promover a cooperação e as competências necessárias para a melhoria da qualidade de vida.
Os Jogos Cooperativos tem a finalidade de promover autoestima, desenvolvimento das habilidades e também muita diversão através das brincadeiras e jogos.
Antigamente, os povos ancestrais como Inuit, Tasaday, Aborígenes e índios norte americanos, praticavam a vida cooperativamente, através da dança jogos e rituais. Hoje, vivemos em um mundo aonde as pessoas são COMPETITIVAS, com isso elas buscam sempre ganhar sozinhas e não pensam no próximo.
O autor ressalta a idéia de que precisamos incluir os jogos cooperativos em nossas vidas, afim de que as pessoas possam ser mais cooperativas, viver juntas, e que possam realizar os mesmos objetivos, umas com as outras e não uns contra os outros.
Para ele é aprender de forma compartilhada, é trocar informações, onde todos simultaneamente são professores e alunos, aprendendo sempre com o próximo e assim descobrindo mais.
A partiu do momento que você começa a ser mais cooperativo, você ajuda o próximo a chegar no seu objetivo, você se torna mais solidário e é isso o propósito dos Jogos Cooperativos.
Autor cita “eu jogo do jeito que vivo e vivo do jeito que joga’’, você jogando o jogo cooperativo, você começa a passar a cooperação para a sociedade, as pessoas se torna mais cooperativas, solidárias e acolhedoras pois viver em sociedade é isso, bem estar para todos.
Logo, uma situação cooperativa é aonde todos os indivíduos alcançam o objetivo um ajudando o outro, todos se beneficiam. Competitiva, sempre vai tem alguém que será incapaz de atingir o seu objetivo, será só alguns que irá se beneficiar.
‘’(...)devemos nos afastar da competição cruel e começarmos a enfatizar a cooperação e a preocupação com os outros’’ (Orlick, 1989, p. 182)
Se na competição não são todos que se beneficiam, temos que aumentar a participação dos jogos cooperativos, para que todos alcancem os seus objetivos e a sociedade melhore a sua relação, deixando o lado competidor, de querer ganhar sozinho, a passar a jogar em equipe, com a ajuda dos outros, cooperando com todos e assim ganhando juntos. Com isso passamos a ter um aperfeiçoamento da nossa habilidade de cooperar e aprendemos a harmonizar desequilíbrios e confrontos; a encontrar soluções positivas e sempre estar dialogando, com a cooperação colocamos ordem na desordem, cooperação na competição e muito companheirismo entre todos.
Entretanto nem sempre as pessoas que participam de uma competição se divertem, sempre vai ter um que vai celebrar a vitória e outro que estará triste por perder. Assim acaba sendo um desafio para aqueles que participam e acabam não vendo graça e nem se divertindo com esses jogos competitivos.
Portanto, nos jogos cooperativos é normal que alguma brincadeira possa não dá muito certo; o autor fala que “(..)muitas das vezes quando algo dá errado nos Jogos Cooperativos as pessoas concluem que os jogos não funcionam(...), mas temos que lidar positivamente com isso, sempre FOCAR NA COOPERAÇÃO, se algo der errado e ‘’sair do controle’’ durante o jogo, só lembrar que, cooperando sempre surge novas possibilidades, novas brechas, novas oportunidades para continuar jogando, jogando e cooperando. Pois se pretendemos uma vida saudável é essencial que saibamos nos colocar no lugar dos outros, paraque assim todos tenham uma boa qualidade de vida.
Temos que inserir os Jogos Cooperativos na sociedade e o autor ressalta que (...) a presença desse tema dentro dos programas de graduação e pós – graduação(...). No Brasil existe escolas, universidades, colégios, livros, comunidades, congressos e centros com um enfoque nos Jogos Cooperativos, e são essas ações que enriquecem os jogos de cooperação.