segunda-feira, 18 de março de 2013

O Império Romano

Os Períodos da História de Roma

A história de Roma é dividida em três momentos:
Monárquico (753-509 a.C.);
Republicano (507-27 a.C.);
Imperial (27 a.C. – 476 d.C.).
    A história de Roma é recheada de lutas internas, conflitos sociais, golpes políticos, guerras e conquistas, domínio territorial, ambições. A expansão romana deve-se, especialmente, a algo que nenhuma outra civilização em sua época possuía: uma extremamente avançada arte de guerrear. A organização militar de Roma foi o ponto chave que tornou este um dos maiores e mais poderosos Impérios do mundo.

Organização política e social na república
Na república, o poder que antes era exercido pelo rei foi partilhado por dois cônsules. Eles exerciam o cargo por um ano e eram auxiliados por um conselho de 100 cidadãos, responsáveis pelas finanças e pelos assuntos externos. Esse conselho recebia o nome de Senado, e a ele competia promulgar as leis elaboradas pela Assembléia de Cidadãos, dominada pelos patrícios.
À medida que Roma cresceu e se tornou poderosa, as diferenças entre patrícios e plebeus se acentuaram. Marginalizados, os plebeus desencadearam uma luta contra os patrícios, que se estendeu por cerca de dois séculos (V-IV a.C.)
A expansão das fronteiras romanas
Iniciado durante a República, o expansionismo romano teve basicamente dois objetivos: defender Roma do ataque  dos povos vizinhos rivais e assegurar terras necessárias à agricultura e  ao pastoreio. As vitórias nas lutas conduziram os romanos a uma ação conquistadora, ou seja, a ação do exército levou à conquista e incorporação de novas regiões a Roma. Dessa forma, após sucessivas guerras, em um espaço de tempo de cinco séculos, a ação expansionista permitiu que o Império Romano ocupasse boa parte dos continentes europeu, asiático e africano.
Instabilidade  Política
A expansão das conquistas e o aumento das pilhagens fortaleceram o exército romano, que então se colocou  na luta pelo poder. Assim, esse período ficou marcado por uma acirrada disputa política entre os principais generais, abrindo caminho para os ditadores.
Essa crise se iniciou com a instituição dos triunviratos ou triarquia, isto é, governo composto de três indivíduos. O Primeiro Triunvirato, em 60 a.C., foi composto de políticos de prestigio: Pompeu, Crasso e Júlio César. Esses generais iniciaram uma grande disputa pelo poder, até que, após uma longa guerra civil, Júlio César venceu seus rivais e recebeu o título de ditador vitalício.
Durante seu governo, Júlio César formou a mais poderosa legião romana, promoveu uma reforma político-administrativa, distribuiu terras entre soldados, impulsionou a colonização das províncias romanas e realizou obras públicas.
O imenso poder de César levou os senadores a tramar sua morte, o que aconteceu em 44 a.C.
O Império Romano
Após vencer Marco Antonio, Otávio recebeu diversos títulos que lhe conferiram grande poder. Por fim, em 27 a.C., o senado atribuiu-lhe o título de Augusto, que significava consagrado, majestoso, divino.
O período Imperial, tradicionalmente, costuma ser dividido em dois momentos:
Alto Império: período em que Roma alcançou  grande esplendor (estende-se até o século III d.C.)
Otávio abandonou a política agressiva de conquistas, promoveu a aliança  entre aristocracia e os cavaleiros (plebeus enriquecidos) e apaziguou a plebe com a política do “pão e circo”, que consistia em distribuir trigo para a população carente e organizar espetáculos públicos de circo.
As conquistas abasteciam o império não apenas de riquezas e terras, mas também de escravos, principal mão-de-obra e todas as atividades, tanto econômicas quanto domésticas.

Baixo Império: fase marcada por crises que conduziram a desagregação do Império Romano (do século III ao século V).
Os lucros com a produção agrícola eram baixos.
Arrecadando menos impostos pela diminuição das atividades produtivas, o governo romano começou a enfraquecer e as enormes fronteiras já não tinham como ser vigiadas contra a invasão de povos inimigos.
Desagregação do Império Romano
elevados gastos com a estrutura administrativa e militar;
perda do controle sobre diversas regiões devido ao tamanho do império;
aumento dos impostos dos cidadãos e dos tributos dos vencidos;
corrupção política;
crise no fornecimento de escravos com o fim das guerras de expansão;
continuidade das lutas civis entre patrícios e plebeus;
       -  a difusão do cristianismo.
O fim do poderio romano constituiu um longo processo, que durou centenas de anos.
    Além de centro político, administrativo, econômico e cultural, a cidade de Roma foi palco de inúmeras diversões populares como teatro, as corridas de biga, os jogos de dados e as lutas de gladiadores, uma paixão nacional.As habitações da maioria dos romanos eram simples. A população mais pobre vivia em pequenos apartamentos, em edifícios de até seis andares, que apresentavam riscos de desabamento e incêndio. Apenas uma minoria vivia em casas amplas e confortáveis, com água canalizada, rede de esgoto, iluminação por candelabros, sala de banhos e luxuosa decoração interior.O abandono de crianças, tão comum nos dias de hoje, também existia na Roma Antiga, e as causas eram variadas. Abandonados, meninos e meninas estavam destinados à prostituição ou à vida de gladiadores, treinados para enfrentar leões, tigres e outros animais perigosos. Outros ainda se tornavam servos.Ricos e pobres abandonavam os filhos na Roma antiga. As causas eram variadas: enjeitavam-se ou afogavam-se as crianças malformadas, os pobres, por não terem condições de criar os filhos, expunham-nos, esperando que um benfeitor recolhesse o infeliz bebê, os ricos, ou porque tinham duvidas sobre a fidelidade de suas esposas ou porque já teriam tomado decisões sobre a distribuição de seus bens entre os herdeiros já existentes.
A cultura romana
A cultura romana foi muito influenciada pela cultura grega. Os romanos "copiaram" muitos aspectos da arte, pintura e arquitetura grega.
Religião Romana
No culto familiar uma prática muito comum era a existência de santuários domésticos, onde eram cultuados os deuses protetores do lar e da família. Os deuses protetores da família eram os Lares.
 O culto público era organizado pelo Senado. Com ele, os fiéis esperavam  obter dos deuses boas colheitas ou vitórias nas guerras.
Os rituais religiosos romanos eram controlados pelos governantes romanos. O culto a uma religião diferente a do império era proibida e condenada. Os cristãos, por exemplo, foram perseguidos e assassinados em várias províncias do império romano.
Engenharia, arquitetura e tecnologia
Além de construir estradas que ligavam todo o império, os romanos edificaram aquedutos que levavam água limpa até as cidades e também desenvolveram complexos sistemas de esgoto para dar vazão à água servida e aos dejetos das casas.
A arquitetura romana sofreu uma enorme influência da arquitetura grega, porém, adquiriu algumas características próprias.
Sucesso Militar
A maior prova do sucesso militar do Império Romano foi sua expansão territorial, pela qual Roma passou de uma simples cidade-estado para um verdadeiro império, que abrangia boa parte da atual Europa Ocidental, boa parte do norte da África e uma parte da Ásia. Essas grandes conquistas militares do Império Romano se deram pelo avanço da ciência militar que ela desenvolveu, inovando cada vez mais na indústria bélica. Eles criaram armas que envolviam tática e força, como o corvo, o gládio, o pilo e a catapulta; mas também deve-se ressaltar que as conquistas romanas se deram pela grande organização e empenho dos exércitos.

Treinamento e organização militar

Só os patrícios podiam servir nas legiões, mas depois estendeu essa obrigação aos proletários e plebeus. A educação militar começava entre os romanos com a infância nos ginásios e ia até o Campo de Marte, onde se treinavam os exércitos militares, obtendo-se, assim, seu desenvolvimento profissional e uma perfeita formação moral. Aprendia-se a manejar as armas e a trabalhar com a pá e a picareta. Os soldados eram voluntários vindos de todas as partes do Império e se comprometiam a 25 anos de serviço exaustivo. A estrutura de uma legião constituía-se de três elementos básicos: cavalaria, artilharia e infantaria.
Durante a época imperial, os requisitos para converter-se em legionário eram os seguintes:
- ser magro, mas musculoso;
- ter boa visão e audição.
Também era necessário saber ler e escrever e, acima de tudo, ser cidadão romano. Isto não queria dizer que era necessário ser da cidade de Roma, mas sim que houvesse a cidadania romana, oque era conseguido após 25 anos de serviço no exército.
Os aspirantes a soldados, depois de buscar os escritórios de recrutamento que se encontravam nas capitais de província, eram submetidos a uma entrevista e a um exame médico. Uma vez admitidos, prestavam juramento solene de obediência a seus superiores e de não desertar.
Os novos recrutas eram submetidos a um intenso treinamento, de quatro meses. Ao concluir este período, os recrutas já podiam ser chamados soldados (milites). Os que não puderam resistir ao treinamento eram dispensados.
Primeiro era-lhes ensinado a desfilar marcando passo. Logo depois, eram levados à marcha, forçando-os ao máximo, até que fossem capazes de percorrer 20 milhas romanas (30 km) em cinco horas. Depois teriam que percorrer a mesma distância carregados com todo seu equipamento que, completo, pesava ao menos 30 quilos; as armas e armaduras, mais de 20.
O treinamento continuava até que fossem capazes de percorrer 24 milhas (36 km) em cinco horas. Os legionários realizavam marchas três vezes ao mês durante 25 anos. Este treinamento e a capacidade de deslocamento foi uma das causas pelas quais o exército romano era tão superior aos outros. E isto era somente parte da instrução, posto que o programa de treinamento também incluía corridas, saltos, equitação e natação. Quando era considerado em boa forma física, o recruta iniciava as instruções no manejo das armas. Os recrutas aprendiam atacando uma grossa estaca cravada no solo com uma espada de madeira pesada e um escudo de mimbre que pesava o dobre que um escudo normal. Também eram treinados no lançamento de pesadas jabalinas de madeira contra aquelas estacas.
Uma vez superado este passo, eram considerados dignos de empunhar armas autênticas, forradas de couro para evitar acidentes, as quais deveriam lhes parecer levíssimas em comparação com as pesadas armas de madeira.

Gladiador
Gladiador era um lutador escravo treinado na Roma Antiga. O nome "Gladiador" provém da espada curta usada por este lutador, o gladius (gládio). Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Nesse momento do combate é que era determinado por quem presidia aos jogos, se o derrotado morria ou não, frequentemente influenciado pela reação dos espectadores do duelo. Alguns dizem que bastava levantar o polegar para salvar o lutador, outros dizem que era a mão fechada que deveria ser erguida.
Entretanto alguns estudos relatam que nem sempre o objetivo era a morte de um dos gladiadores, haja vista, que isso geraria ónus para o estado romano. Argumenta-se que o principal objetivo era o entretenimento da plateia. Faziam parte da política do "pão e circo".Durante cerca de sete séculos, as lutas dos gladiadores, entre si (ordinarii) ou contra animais ferozes, o que era menos valorizado e prestigioso para os lutadores, foram os espetáculos preferidos dos romanos.O Coliseu, era o principal palco dessas lutas, em Roma, e suas ruínas ainda se constituem numa atração turística da cidade.
No ano de 73 a.C., aconteceu a terceira guerra contra escravos, que teve início com um gladiador, de nome Espártaco. Este liderou um grupo rebelde de gladiadores e escravos, que assustou a então República Romana. A revolta terminou dois anos depois graças a Marcus Crassos. Depois disso os lutadores eram vistos com medo nas épocas de crise.
Para as lutas eram reunidos prisioneiros de guerra, escravos (devido ao tratamento mais humano e à possibilidade de alcançar a fama e até mesmo a liberdade, ser um gladiador era melhor do que ser um escravo comum) e ainda autores de crimes graves - mas na época dos imperadores Cláudio I, Calígula e Nero a condenação à arena foi estendida às menores culpas, o que aumentou o interesse pelas lutas. Dois imperadores participaram de lutas, obviamente vencendo, foram eles Calígula e Cómodo.
Treinamento
Os gladiadores tinham treinamento em escolas especiais conhecidas como ludus. Em Roma havia quatro escolas, sendo a maior Ludus Magnos que era conectada com o coliseu por um túnel subterrâneo. No intervalo das lutas eles tinham um tratamento especial que envolvia grandes cuidados médicos e treinamento cuidadoso. No geral, eles não lutavam mais que três vezes ao ano. Viajavam em grupos conhecidos como famílias quando iam lutar em outras cidades. O treinador, conhecido como lanista(provavelmente derivado da palavra carniceiro), ia junto. A disciplina nas escolas era rigorosa, imperando a lei do chicote. A rigorosidade era tamanha, que alguns lutadores suicidavam-se ou revoltavam-se, o aprendizado ocorria por repetição, já que boa parte dos lutadores era estrangeira e poucos compreendiam o latim, a língua dos romanos. Na primeira fase de treinamentos eles aprendiam a lutar com as próprias mãos. Após esse treinamento inicial, os homens eram separados em grupos e iniciavam o treinamento com armas de madeira, depois substituídas por armas de metal, mas com um peso inferior ao das utilizadas em combate. Na última fase de treinamento, os lutadores utilizavam armas com o peso real, porém sem o corte. Mesmo sem o uso de armas de metal com corte, as contusões e ferimentos ocorriam e por isso, os gladiadores eram assistidos por bons médicos. Concluído o treinamento, o gladiador estava pronto para combater, normalmente duas ou três vezes ao ano.
Higiene e sanidade em Roma
Houve um aspecto em que os Romanos ultrapassaram todos os povos e deixaram uma marca única na história da medicina: as obras de higiene pública (aquedutos, balneários e esgotos ), que levaram a cabo e que ainda hoje provocam justificada admiração.
Alem da hidroterapia, praticada com banhos a diversas temperaturas ( no tepidarium, no caldarium e no frigidarium) e das curas de sudação, realizavam-se também unções e massagens. De lugares destinados à higiene e saúde pública, as termas passaram a servir sobretudo como lugares de passatempo e de recreio mas também de ociosidade e de depravação, de modo que acabaram por adquirir entre os próprios romanos uma reputação desfavorável.

Política do Pão e Circo
A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.


Paula Cristieli Ronan
Ana Flávia Alcantara
Angélica Souza
Larissa Hélen
Jaciara Felizardo

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