quarta-feira, 25 de abril de 2012

Civilização Grega



Lisístrata - Parte 1 (Apresentação do dia 11/04/2012)


Lisístrata - Parte 2 (Apresentação do dia 11/04/2012)

Componentes do Grupo:
Áquila Daniel C. Ramos
Flávio José P. Mendes
Isah Baião
Laís Vasconcelos
Luana Letícia O. Alves
Luciene V. S. Araújo
Naiara Barbosa
Thamirins M. Nascimento

_ Escolhemos para a apresentação de nosso trabalho uma área não muito explorada que é a relação da mulher na civilização grega. As mulheres geralmente não recebem a atenção que realmente deveria receber e desde a antiguidade vem sendo muito desvalorizada. Pouco sabemos sobre sua participação na história das civilizações. Esse "sexo frágil" que, antigamente, só era vista como reprodutora e dona do lar, mostra que é capaz de resolver problemas da mesma maneira que os homens, porém usando de armas diferentes que, apesar de parecer mais fraca e inútil, muitas vezes pode dar certo. Como podemos ver nos vídeos, apenas com seus corpos elas acabaram com uma guerra.
_ Nosso vídeo faz uma abordagem à real importância do sexo feminino na civilização grega, porém trazemos no corpo desse trabalho uma amostra de parte da participação dessa civilização no desporto.


A Grécia Antiga e o Desporto
(Texto baseado no livro de Jacques Rouyer)

_ As cidades gregas se desenvolveram, principalmente, graças ao desenvolvimento da propriedade privada, da produção artesanal, do conteúdo marítimo e do aumento no número de escravos. Tudo era dividido em classes de trabalho, que vão desde um rico trabalho intelectual e de organização que eram exercidos por homens livres, até trabalhos manuais que eram reservados aos escravos.
_ Na Grécia, o desporto antigo tem uma origem guerreira em que o objetivo social era a preparação para a guerra porém estas práticas estão também ligadas às festas nacionais e religiosas. A atividade desportiva torna-se um verdadeiro "modo de vida", que permite a liberdade e a riqueza dos aristocratas, com isso o objetivo guerreiro fica em segundo plano, não se colocando em hipótese a preparação para uma profissão. O heróis guerreiro torna-se um herói civil, a vitória desportiva passa a ser um dos mais altos valores na cidade. Mesmo com isso, o desporto ainda é compreendido como uma preparação indireta para a guerra; no que chamamos de democracia militar, todo homem livre deve estar pronto a pegar em armas. Seguindo para os séculos V e IV a.C., notamos que o período é marcado pela passagem do desporto para segundo plano na educação intelectual, a arte de escrever e de falar tomam a primazia.
_ O Estado então, torna-se uma instituição estável que legalizava as relações de classes e cria uma politica Paralelamente a isso, o pensamento abstrato e a teoria atingem uma nova etapa. A teoria que nasceu da prática escolar, simultaneamente ocupou-se dela.
_ O processo de nascimento do pensamento abstrato foi progressivo e através disso a sociedade grega teria chegado a uma primeira síntese de conjunto, porém com uma visão abstrata da prática social e viciada por uma interpretação imaginária. O homem universal é concebido simultaneamente fora de toda prática produtiva e de todas as relações sociais. Ele é considerado como uma essência espiritual. Esta camada social exerce, no entanto, a sua influência sobre a escola e Platão, que sofre reveses políticos e vai-se consagrar a ela.
_ O sistema de educação é determinado pelas necessidades práticas da classe dirigente. Porém ao mesmo tempo, pode ser a consequência de uma teoria de educação integrada numa filosofia geral. A filosofia propõe uma concepção do homem e assim, um modelo para educação. Foram construídos então dois sistemas de educação que caminham juntos evidenciando a diferença de classes, ficando a classe dirigente com educação intelectual, de Platão, ignorando a forma de produção, e a educação das classes produtiva. Com isso, podemos notar a separação entre teoria e prática.
_ Quais as concepções de educação em relação a atividade física do ser humano? A educação se volta para a natureza, ela não reconhece a realidade física do homem universal e se afasta quando limita a uma formação espiritual, ela nega a razão de existir. Como o corpo é dificilmente negável, propõe mantê-lo de boa saúde a fim de que o espírito possa desabrochar.
_ A educação grega do século IV a.C. era função das necessidades práticas da classe dominante apesar de atividade desportiva ser condenado por Platão, ela continua a ser para os cidadãos gregos um meio de educação.
_ De inicio, as recomendações de Platão são pouco escutadas, mas ele próprio toma em consideração as tradições e as práticas, e isto leva a contradições e defende que a preparação militar é inútil, pois há mercenários, mas reconhece a necessidade de tal formação a atividade militar. As contradições aparecem também nos meios: se a finalidade do homem que quer contemplar a verdade e tiver um corpo são, se para esse homem o desporto já não tem significado, os meios se tornam as técnicas da época: luta e dança. Na medida que se quer um homem político, Platão também subestima as festas desportivas, o valor nacional e religioso dos grandes jogos gregos. A educação que ele recomenda vai progredir no decurso da decadência grega. O desporto é negligenciado, a formação torna-se essencialmente espiritual. A ciência do homem, do corpo humano, está ainda em nascimento.
_ Nos séculos II - I a.C, o desporto sobrevive na educação pelo seu próprio valor e pelas tradições. Com a extensão da produção mercantil, o comércio atinge o desporto, ao ponto de nos jogos se encontrarem escravos pagos, deixando o desporto de ser um modelo social para a educação. Esta evolução lenta, leva, no século III d.C, à desaparição do desporto escolar, resumindo-se a uma atividade física que tinha na origem, um sentido preparatório do treino, desempenhando a função de apenas manter a saúde.  
 _ No decurso deste exame histórico, o repouso grego surge como fruto das relações sociais escravistas. No campo oposto do trabalho necessário dos escravos tem qualidade de atividade livre. Graças à estabilidade da sociedade grega, uma prática aristocrática e guerreira, isolada da produção direta, transformam-se num fator de desenvolvimento humano, um meio de educação social relativamente democrático. Para um homem que não está diretamente em contato com a natureza, é uma compensação. Na medida em que desenvolve o homem, o desporto é uma aquisição do humanismo. Se juntarmos a este elemento de explicação o fator político e religioso, em particular a necessidade de unificação das línguas e dos deuses, e se nos recordarmos não apenas da rivalidade das cidades, mas também da sua solidariedade no colonialismo, compreenderemos a necessidade e os sucessos dos Jogos Olímpicos e dos outros jogos gregos. Simultaneamente, tal confrontação é um objetivo social permanente, Os jogos vão sofrer as consequências da decadência grega.

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